Embora a sua época (e a carreira até) tenha sido marcada pela irregularidade, Gonçalo Borges conseguiu, com a chegada de Martín Anselmi, conquistar maior destaque no FC Porto. Isto é evidenciado pela possibilidade de alcançar em Braga a sua terceira titularidade consecutiva, um feito inédito desde a sua entrada no plantel principal dos dragões. Curiosamente, esta oportunidade pode surgir num estádio que poderia ter sido a sua nova casa em janeiro, uma vez que o Sp. Braga mostrou interesse em contratá-lo, mas a transferência não se concretizou porque a SAD portista abandonou o negócio por questões financeiras.
O certo é que Gonçalo Borges permaneceu no FC Porto e tem tirado partido da saída de Galeno e da lesão de Pepê, consolidando a sua posição nas escolhas de Martín Anselmi, que já afirmou que prefere contar com um extremo mais vertical e com a capacidade de alargar o jogo. Nesse sentido, o camisola 70, apesar de alguma irregularidade, tem melhorado as suas estatísticas ofensivas desde a chegada do argentino, com um aumento no número de remates por jogo (1,8 em comparação com 0,8) e nas oportunidades criadas (0,6 em vez de 0,4). Também a sua precisão no passe melhorou, com uma taxa de 95,2% em comparação com 88,3% antes da chegada do novo treinador, e o seu empenho defensivo tem sido mais eficaz, com 1,8 recuperações de posse em comparação com 0,5 anteriormente.
Contudo, a sua capacidade de decisão no último terço ainda necessita de melhorias, uma vez que tem evidenciado uma diminuição de qualidade nos cruzamentos e não marca desde meados de janeiro, quando fez o último golo em Barcelos, no jogo que teve Vítor Bruno como treinador.
Já foi utilizado em duas posições
Embora jogue normalmente no ataque, Gonçalo Borges já foi utilizado por Martín Anselmi como ala no atual esquema de três centrais. Esta utilização foi esporádica e durante as partidas, mas demonstra a confiança do treinador no jovem de 23 anos, como se pode verificar pelo facto de ter sido utilizado em seis dos oito jogos que o treinador orientou.