Futebol

Mão na bola? «Estamos agradados com as decisões», diz vice-presidente do Conselho de Arbitragem

 

Seguindo a política estabelecida esta temporada, de contínua formação dos árbitros, o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF enviou esta semana um novo boletim aos seus elementos com indicações sobre o tema “Mão na bola e bola na mão”, repetindo algo que já tinha feito no início da época. Numa altura em que este tipo de lances têm suscitado forte polémica, nomeadamente no recente Benfica-Sporting, o CA transmitiu novamente algumas referências sobre a questão, e, ainda que esteja satisfeito com o trabalho dos árbitros, procurou relembrá-los dos princípios base, através de algumas indicações e de vídeos de lances ocorridos (bem e mal decididos) este ano nos dois escalões do futebol profissional, uma vez que todos os jogos são analisados por aquele organismo da FPF.

No boletim, o sexto da época, enviado aos árbitros, o CA aponta cinco indicadores importantes na tomada de decisão – posição natural dos braços, ação deliberada, aumento de volumetria, distância do remate e desvio inesperado da bola -, numa matéria que desperta também preocupação da FIFA e da UEFA e para a qual os árbitros são aconselhados a não marcar falta quando em caso de dúvida, seguindo a lei de jogo, na qual está referido que “nem sempre que há contacto mão/bola é motivo para punição”, referindo-se a necessidade de existir “ato deliberado” de jogar a bola com a mão para que haja falta.

“Estamos agradados com as decisões neste tipo de lances”

Num encontro com a Imprensa dedicado ao tema, João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, assumiu-se “globalmente agradado com as decisões dos árbitros neste tipo de lances”, negando qualquer reação pela existência de queixas dos clubes: “Não há qualquer calendário sobre essas necessidades. É um tema que já tinha sido abordado no início da época e que agora se voltou a reforçar. Não por um caso específico de um jogo que um clube mais mediático tenha reclamado, mas também para trazer algum conforto aos árbitros sobre as boas práticas neste tipo de lances. Eles estão a tratar bem o tema.”

Admitindo que a implementação de árbitros de baliza “poderia ajudar” a resolver a questão – “haveria outro ponto de vista, quando grande parte das situações que ocorrem são na perspetiva da linha de baliza”, afirmou. João Ferreira referiu, porém, não existirem planos para essa medida, ainda que tenha ressalvado que “os regulamentos da Liga já o permitem”.

(fonte: ojogo.pt)