Magnus Andersson, o técnico da equipa de andebol do FC Porto, expressa o seu entusiasmo pelo regresso a um clube que considera a sua segunda casa. Após cinco anos de êxito, que resultaram em oito troféus, Andersson reassumiu o leme da equipa e admite que a sua experiência continua a proporcionar-lhe imensa satisfação, apesar dos obstáculos que se apresentam.
Retorno ao FC Porto
Surpreendido pela oportunidade de regresso, Andersson revelou que a proposta surgiu de forma inesperada. “Fiquei bastante surpreendido ao receber a chamada do André [Villas-Boas]. O meu plano era mudar-me para França, mas comecei a ponderar a possibilidade de regresso. Agora, estou muito contente que isso tenha acontecido”, confessou.
O técnico sublinhou a ligação emocional que mantém com o clube e a cidade: “Adoro o FC Porto, a cidade, a equipa e os jogadores. Divertimo-nos juntos e alcançámos muito sucesso. Este clube é como uma segunda casa para mim.”
Desafios no início da temporada
Apesar da sua alegria pelo regresso, Andersson reconhece que a temporada começou com algumas dificuldades, resultantes de lesões e da integração de novos jogadores. “Tivemos um número elevado de jogadores lesionados, especialmente os esquerdinos, e isso influenciou o nosso desempenho. O primeiro jogo contra o Benfica, na Supertaça, não foi o nosso melhor. Contudo, estou convencido de que estamos a evoluir como equipa e a encontrar o nosso ritmo”, explicou.
O técnico também referiu que a adaptação de reforços como Steini [Leó Gunnarsson] é um processo em andamento: “O estilo de jogo de andebol aqui é diferente do da Islândia. Precisamos de tempo, mas até agora estou bastante satisfeito.”
As transferências de Kiko e Martim
Andersson também comentou as transferências de Kiko e Martim para o rival Sporting, destacando a qualidade dos jogadores e a sua importância para o andebol em Portugal. “É um prazer vê-los em campo, são jogadores de grande qualidade. Tomaram a decisão de sair, é a vida, e estou contente por eles. Não foram os primeiros, nem serão os últimos a mudar de clube”, afirmou.
Ambições e expectativas
Com uma carreira que o levou a elevar o FC Porto a novos níveis no andebol europeu, Andersson reconhece que as expectativas são altas, mas prefere concentrar-se no trabalho. “Não reflito muito sobre o que se passou no passado. Naturalmente, as expectativas são maiores após tantas vitórias, mas o nosso objetivo é sempre ganhar. Um segundo lugar não é suficiente para o FC Porto”, garantiu.
O treinador reforçou ainda a sua ambição de reconquistar títulos: “Retornar ao topo e vencer tudo é o nosso sonho. Fomos apanhados de surpresa com a perda da Supertaça, mas no desporto também é necessário aprender com as derrotas. Isso motiva-nos a trabalhar arduamente.”
Respeito pelos adversários
Para além do Sporting, Andersson destacou o Benfica como um rival a respeitar no campeonato. “Muitos acreditam que a luta pelo título será entre nós e o Sporting, mas tenho muito respeito pelo Benfica. Jogador a jogador, eles possuem uma equipa muito forte”, afirmou. O técnico acredita que a disputa pelo título será decidida por “pequenos detalhes” entre as três equipas.
Compromisso com o sucesso
Magnus Andersson retorna ao FC Porto com o mesmo entusiasmo e ambição que caracterizaram a sua primeira passagem pelo clube. Com desafios pela frente, o treinador mantém o foco no trabalho diário e na conquista de títulos, reafirmando o seu desejo de continuar a fazer história no andebol do FC Porto. “Estou muito contente por estar de volta e confiante de que juntos podemos alcançar grandes feitos”, concluiu.
