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Julgamento arranca com silêncio

O julgamento do processo da divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal arrancou hoje, com os três arguidos em silêncio.

Júlio Magalhães, diretor da estação à altura dos factos, optou por ficar em silêncio no Juízo Central Criminal de Lisboa, tal como Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, e Diogo Faria, diretor de conteúdos do canal.

Nuno Brandão, advogado dos três arguidos, criticou a acusação do Ministério Público, por entender que “os factos foram amalgamados na sua qualificação jurídica”, pelo que ”o julgamento nem devia ter lugar” e estão em causa “factos que não são crime e assistentes que não são ofendidos”.

“O que aqueles emails revelam são influências espúrias da administração do Benfica sobre a arbitragem, delegados da Liga, Conselho de Disciplina… Entendo que não haja interesse dos assistentes, porque há emails indecorosos”, acrescentou.

Nuno Brandão reconhece que ”os divulgadores das mensagens não eram jornalistas”, mas defende que ”não são só jornalistas que têm direito à liberdade de expressão”. ”Não é necessário ser jornalista para se divulgar publicamente factos de interesse público”, reforçou.

A primeira sessão do julgamento teve menos de uma hora de duração. A próxima está marcada para 3 de outubro.