Paulo Abrantes Registo, magistrado do juiz 18 do Tribunal de Lisboa, faz parte do coletivo a quem o sorteio ditou realizar o julgamento de Rui Pinto. Mas uma recente polémica, levantadas nas redes sociais, com fotos do juiz ostentando um cachecol do Benfica, com comentários críticos em relação a arbitragem e ao próprio pirata informático que deveria julgar, terão levado o magistrado a pedir escusa do processo.
Na pratica, o pedido segue agora o Tribunal da Relação de Lisboa, que irá apreciar os argumentos invocado pelo juiz para não fazer parte do coletivo.
Paulo Registo é um confesso adepto benfiquista. A prova estava disponível na sua página pessoal na rede social Facebook, onde eram visíveis fotos com amigos no Estádio da Luz e com cachecóis do clube encarnado. Eram porque, após ter rebentado a polémica sobre a sua preferência clubística, foram ocultadas as fotos ao público naquela rede social.
A polémica foi levantada, na semana passada, por Pedro Bragança, comentador do Porto Canal que acompanhou Francisco J. Marques nos programas de revelação dos e-mails do Benfica. No twitter, o adepto portista revelou que o coletivo de juízes em que está Paulo Registo também iria julgar o caso e-Toupeira.
Em tom irónico, falava em “extraordinária coincidência” pelo sorteio ter atribuído estes dois processos a um “juiz especial”.
Na altura, contactado pelo JN, Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto, disse estar preocupado com o que tem visto sobre o caso e estar a analisar a informação, sem se comprometer com um eventual pedido de recusa do magistrado.