A oposição em relação às datas previstas para o sufrágio (6 e 7 de junho) não desviam o foco de José Fernando Rio em vencer as eleições para a presidência do FC Porto e, para isso, tem um projeto para apresentar aos sócios que assenta em três pilares.
“O primeiro tem que ver com o equilíbrio das contas, porque sem as contas equilibradas não há performance desportiva ou dinheiro para o clube embarcar noutros projetos. O segundo é a formação, porque o FC Porto tem de apostar fortemente nesta área e dar-lhe condições para ela se desenvolver como principal fornecedora da equipa principal de futebol. O terceiro está ligado às modalidades, porque o FC Porto tem menos modalidades e infraestruturas do que tinha no início do mandato de Jorge Nuno Pinto da Costa, em 1982, e a nossa vontade e determinação é aumentá-las”, enumera ao jornal O JOGO o candidato à presidência pela Lista C.
Para alcançar o equilíbrio financeiro, José Fernando Rio considera que é necessário “colocar um travão a fundo nos custos”. “Isso passa por uma reformulação do plantel principal, aproveitando os jogadores da formação, e ainda da folha salarial e dos prémios da administração [da SAD]”, aponta o jurista de 52 anos, antes de aprofundar o último ponto. “Os vencimentos têm de ser reduzidos, pelo menos, para metade. Depois, a questão dos prémios tem de estar associada à vertente desportiva. Em ano de boas contas poderão existir prémios, mas só se o clube for campeão ou vencer uma competição europeia”, sustenta.
A “construção de uma academia” para a formação, que possa “reunir todas as valências necessárias” e permita aos atletas “viverem, estudarem e treinarem sem andar com a casa às costas”, também está no programa que Rio, que se diz empenhado em “aumentar as modalidades no feminino”, porque nota que nesta altura “o FC Porto é um clube de atletas homens”. “É fundamental o FC Porto ter futebol feminino e não é por pressão de ninguém. É algo natural. Assim como é o regresso do voleibol masculino, porque o clube tem tradição na modalidade e já teve grandes conquistas”, lembra o candidato a presidente, abrindo a porta à criação do futsal, porque “hoje em dia toda a gente tem”, e também a “desportos que não têm tanto destaque na Imprensa e que também são fundamentais, como o atletismo”. “O FC Porto tem de aumentar e cimentar a sua relação com a sociedade civil. E isso passa por uma maior oferta da prática de desporto”, conclui.