Pinto da Costa assinou, na revista da final da Taça de Portugal, um texto
“Como é da história desta competição, a próxima final da Taça de Portugal voltará a merecer o epíteto de Festa do Povo”, começou por escrever o Presidente portista.
O facto de as duas equipas representarem as regiões do Norte e Centro de Portugal serviu para Pinto da Costa abordar a descentralização e a regionalização. “Todo um programa, se atendermos ao momento político que o País vive em que o processo de descentralização e, no curto prazo, a própria regionalização são cabeças de cartaz das novas promessas políticas”.
“É neste contexto particular que esta é uma final das regiões. Entendidas estas não como mais uma nomenclatura política decalcada da administração pública do poder central, mas uma nova geração de poder autárquico, mais solidário por mais profundo conhecimento de realidades próximas e mais eficiente por agregação das virtualidades que já são hoje, reconhecidamente, um património do poder local”, refere ainda Pinto da Costa.
“Por ser uma final das regiões, no caso a do Norte e do Centro, nas bancadas do Estádio do Jamor estarão certamente muitos dos portugueses para quem o amor ao futebol, aos seus clubes, representa não apenas mais um sacrifício entre aqueles que decorrem da guerra que vivemos na Europa, mas o sacrifício de sempre por viverem em geografias onde o trabalho e o investimento têm um valor diminuído pelo simples facto de estarem mais longe dos poderes de decisão”, finaliza.