Juan Carlos Arévalo, ex-treinador dos guarda-redes do FC Porto, recorda as exibições do espanhol com o Benfica e arrisca uma previsão.
É nos clássicos com o Benfica que costuma vir à tona o melhor de Casillas. O espanhol nunca perdeu com a equipa lisboeta – soma duas vitórias e um empate – e na memória dos adeptos do FC Porto ainda figuram um conjunto de exibições que, inclusive, atravessaram a fronteira. Na última deslocação dos portistas ao Estádio da Luz foi mesmo apontado como um dos principais obreiros da vitória (2-1) alcançada pelo clube. Juan Carlos Arévalo, que trabalhou com Iker nos primeiros seis meses de 2015/16, durante o regime de Julen Lopetegui, acompanhou esse encontro pela televisão e ficou (mais uma vez) convencido de que o compatriota “cresce muito mais em clássicos”. Por isso, arrisca, em declarações exclusivas a O JOGO, um prognóstico para o embate de sábado. “Acredito que o Iker será decisivo”, atira, antes de suportar a afirmação. “Basta ver o que ele fez em todos clássicos que disputou em Portugal; foi sempre dos melhores. Lembram-se do primeiro clássico que ele fez, ainda connosco, no Dragão? Fez um jogo enorme”, recorda.
Na iminência de atingir os 79 clássicos na carreira, ou não tivesse saído do Real Madrid rumo a Portugal já com 71 no currículo – 37 contra o Barcelona e 34 frente ao Atlético de Madrid -, Casillas sabe de cor e salteado como se prepara um jogo grande. Estar sereno e transmitir esse estado de espírito aos mais inexperientes é um trabalho que, de acordo com Arévalo, o “portero” não se coíbe ao longo da semana. “É um líder e gosta de dar o exemplo aos mais jovens”, revela. “A qualidade e o talento fazem o resto na hora da verdade. É por isso que é tão respeitado pelos adeptos”, acrescenta.
Sem qualquer ligação a um clube desde a saída do FC Porto, em janeiro de 2016, Juan Carlos Arévalo tem tido tempo mais do que suficiente para acompanhar o dia a dia dos portistas. E quando confrontado com a melhoria exibicional protagonizada por Casillas nesta temporada, o anterior membro da equipa técnica de Lopetegui considera que se deve “à tranquilidade e estabilidade” que tem agora. “Quando o Iker chegou, estava muito pressionado, porque tinha deixado um clube importante como o Real Madrid. Agora, está mais adaptado ao país e ao FC Porto. Encontrou o equilíbrio, tanto na vida pessoal, como na profissional”, defende o espanhol, de 55 anos, que, à distância, vê o “Santo” muito contente no clube portista. Por isso, está convencido de que acabará por acionar a opção para renovar o contrato com os azuis e brancos por mais uma temporada, como ficou estipulado no verão de 2015. “Se o FC Porto o quiser, acredito que não haverá qualquer problema com o Iker”, remata o antigo adjunto de Lopetegui.
(Fonte ojogo.pt)
