FC Porto

Hospedeira diz que viu Fernando Madureira “a ameaçar e insultar sócios”

“No auditório, percebi um ambiente de intimidação para quem não fosse Pinto da Costa, devido aos insultos dirigidos a Villas-Boas e aos cânticos em apoio a Pinto da Costa. No Arena, percebi um aumento da tensão e ameaças, como ‘está calado, não tens nada a dizer’”, recordou. A testemunha afirmou que, “sempre que alguém se opunha à Administração, era ameaçado e também se pedia para não levantar o braço nas votações”, identificando Fernando Madureira como o responsável por essas intimidações.

Mais tarde, após o discurso de Henrique Ramos, observou Fernando Madureira, do topo do varandim, “numa atitude ameaçadora e a gritar para o ameaçar”. Também na bancada Norte, relatou que viu “uma mulher a levar um pontapé na cara, rolando pelas escadas”.

A testemunha observou “pessoas a fugir, a saltar para o piso”. Os seguranças “tentaram conter as agressões e acalmar os ânimos, mas eram em número reduzido”. A atmosfera era “tensa de ambos os lados, carregada de agressões. Não senti medo, mas não senti que a situação estava sob controle”. Quando questionada se alguém poderia ter intervenido, Maria afirmou que o presidente da mesa da Assembleia Geral “podia ter intervenido logo após as primeiras ameaças, mas não o fez”.

O testemunho foi dado, esta terça-feira, no Tribunal de São João Novo, no Porto, no âmbito do julgamento da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes ocorridos na reunião magna do clube portista em 2023.