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“Hoje consegue saber-se quando um papel foi impresso e em qual impressora”

Paulo Teixeira, do Conselho Superior do FC Porto, não esconde a sua preocupação face ao modo como as SMS de Fernando Gomes ficaram à disposição de Pedro Guerra. E pede celeridade à justiça portuguesa.

Paulo Teixeira, advogado e elemento do Conselho Superior do FC Porto, contactado por O JOGO, considera “natural” a pausa nas acusações feitas por Francisco J. Marques ao Benfica, uma vez apresentados os documentos em causa à Polícia Judiciária, mas exige “celeridade” no processo de averiguações.

“É natural que quem entrega esses documentos, esses factos, aguarde que se resolva tranquilamente a investigação. Isto acontece em outros níveis. Só espero que a conclusão não demore. Hoje, as novas tecnologias demonstram que se consegue obter informação – veja-se os casos dos EUA e da Rússia – o importante disto tudo é que se apure responsabilidades e a confirmar aquilo que é o conteúdo de alguns dos emails, São situações graves até porque são oriundos de pessoas com responsabilidade desportivas e, acima de tudo, porque violam muitas situações, e correspondência que é de foro privado. Vivemos no mundo das tecnologias e começamos a ponderar se mandamos um email a enviar os parabéns a uma pessoa e se pomos mais qualquer coisa, passados uns anos aparece na praça pública. Começamos a estar num clima de insegurança total, que não é bom até para a sociedade portuguesa qualquer dia usam os SMS do Presidente da República.”, comentou, complementando.

“Se o FC Porto teve acesso a esta informação, naturalmente que deveria entregar às autoridades competentes, fez muito bem em participar o conteúdo de determinados emails. Como é possível terem acesso às SMS do presidente da Federação Portuguesa Futebol? Não acredito que o dr. Fernando Gomes tenha entregue o telemóvel ao Pedro Guerra…Qualquer dia não podemos respirar, não vivemos no terror, fez-se o 25 de Abril, trouxe a democracia e a liberdade. Temos de confiar nas entidades que têm responsabilidades, mas não podemos estar muito tempo sem uma resposta.”, apontou, não pressentindo que esta situação afete o arranque do campeonato.

“Vamos entrar em férias judiciais e o campeonato começa antes do próximo ano judicial começar. Gostava que houvesse mais celeridade, quando é denunciada uma situação destas, de que quem tem o poder para ver se há veracidade ou não. Porque isto não é difícil de obter, na minha opinião: hoje consegue-se saber quando um determinado papel foi impresso e em que impressora foi impresso”, acrescentou.

(Fonte fcporto.pt)