À 22ª jornada, continuámos a levar a emoção dos jogos do FC Porto aos 4 cantos do Mundo, interagindo e unindo os adeptos em torno de um só objetivo, o apoio ao FC Porto.
O relato dos golos do GD Chaves-FC Porto, na transmissão em parceria Portal dos Dragões e Rádio Portuense
FC Porto voltou na tarde deste domingo à liderança da Liga NOS após vencer no terreno do Desportivo de Chaves, por 4-0, na 22.ª jornada. No Estádio Engenheiro Manuel Branco Teixeira, casa do Desportivo de Chaves, os Dragões deram uma lição de futebol ofensivo e eficácia, fazendo parecer fácil uma tarefa que objetivamente não o é: o Chaves não perdia em casa desde o final de agosto.
Os primeiros minutos da partida foram o melhor espelho do que acabaria por se passar em 90 minutos de bom futebol. Para isso contribuiu a atitude das duas equipas, que entraram em campo à procura da essência do jogo: de jogar rápido, atacar e claro, chegar ao golo. Nessa tarefa, a última, acabaram por ser mais felizes os portistas, também porque, justiça seja feita, foram sempre os que mais fizeram por isso.
Dois minutos de jogo e já Herrera contava o primeiro tiro à baliza de António Filipe, que ainda agora deve estar com as mãos quentes por ter evitado o golo do capitão azul e branco. Seguiram-se boas ações de Otávio, que terminou com Soares a ver o golo negado por um corte em cima da linha, Corona, que, depois de quebrar Bressan viu um cruzamento venenoso não ser correspondido, até que apareceu a dupla Sérgio Oliveira-Soares. Lembra-se deles do último jogo. Voltou a dar resultado. O primeiro voltou a assistir o segundo para abrir o marcador, desta vez com um remate colocado de pé esquerdo.
À reação do Chaves impôs-se José Sá, com a defesa da tarde, aos 22 minutos, o que legitimou a vantagem portista que seria dobrada no minutos 28. Sobre a direita, Maxi esperou, olhou para Soares, e endereçou-lhe um cruzamento daqueles a que é impossível dizer que não. Foi exatamente assim que pensou o brasileiro, porque usou, desta vez o pé direito, para, de primeira, fazer um grande golo. Quanto a António Filipe, só voltou a ver a bola quando esta lhe foi devolvida pela rede. Vale a pena rever, quer o cruzamento, quer a finalização.
Sempre jogado a um ritmo alto, o primeiro tempo poderia ter dado mais: Corona e Soares trabalharam para Marega, mas Maras evitou o 3-0 (32m) que acabaria mesmo por acontecer já no segundo tempo, com um outro mediador na jogada. Otávio, ele que foi uma das surpresas no 11, e, ora pelo centro, ora pela ala, foi sempre uma dor de cabeça para os flavienses, usou o calcanhar para assistir Marega, que aos 57 minutos disse sim a nova possibilidade de se tornar o melhor marcador dos azuis e brancos no campeonato (16).
Daí até ao apito final foi um FC Porto senhor do jogo, equilibrado e a jogar mais com a cabeça do que com o coração. Afinal, os três pontos estavam seguros (e liderança do campeonato também) e já na quarta-feira vêm aí o Liverpool. Mas havia mais. Ficaram a perder os que saíram mais cedo do Estádio, porque o que Herrera e Sérgio Oliveira construíram foi uma autêntica obra de arte. O passe picado de mexicano, a receção de Sérgio Oliveira e o remate violento de primeira, para fezer o 4-0, rivalizam com a “obra” de Maxi e Soares, concluída uns minutos antes.
Missão cumprida, e bem, no campeonato, está agora aberta a via para a primeira mão os oitavos de final da Liga dos Campeões, o que é sinónimo de um dos jogos mais aguardados do ano no Dragão.