Frederico Varandas usou, uma vez mais, uma intervenção pública para falar do FC Porto.
No discurso, o presidente do Sporting fez alusão à morte de um adepto na celebração do título dos dragões, na Alameda, e descreveu-o como “um dos episódios mais brutais de violência de que há memória em Portugal”. Frederico Varandas aproveitou a morte de uma pessoa para, uma vez mais, relacionar o FC Porto com acontecimentos negros, parecendo-me doentio usar esta trágica situação para o fazer.
O advogado de Igor, jovem que, infelizmente, faleceu, disse, no programa ‘Goucha’, da TVI, que o crime nada teve a ver com futebol e que aconteceu na celebração do título por mero acaso.
O presidente do clube de Lisboa disse mesmo que este acontecimento foi mais grave que o ataque a Alcochete, quando dezenas de adeptos se juntaram com a única intenção de vandalizar o centro de estágios do Sporting e agredir os jogadores da equipa principal. Como é que uma operação pensada, organizada e executada com a única intenção de ferir jogadores da própria equipa pode ser mais grave do que um ajuste de contas trazido para uma festa? Aqui ninguém está a desvalorizar uma perda humana, longe disso. A questão é usar essa perda humana para atacar o futebol e um clube que não tem qualquer responsabilidade no assunto.
Numa altura em que o Sporting se vê envolvido num processo de corrupção desportiva, o Cashball, Frederico Varandas preferiu falar do FC Porto e de uma trágica morte em vez de esclarecer os sócios do clube sobre o processo. Mais uma prova de que, ofendendo o FC Porto e o seu presidente, se pode chegar muito longe.