“Em determinado momento, ele era o atleta da Primeira Liga com o maior número de cruzamentos, não era apenas o lateral. No entanto, focar apenas nisso é redutor, pois ele apresentava uma percentagem elevada de passes acertados [78%], de duelos vencidos [53,6%], de recuperações [7,9]… No que diz respeito ao desempenho técnico-táctico, estamos a analisar números que superam a média. No que toca ao aspecto físico, é um caso interessante a observar, uma vez que possui números anormais para um jogador de futebol”, destaca o atual técnico do Baniyas (Emirados Árabes Unidos).
“Afirmei publicamente que, na época passada e na anterior, ele foi o melhor lateral-esquerdo da nossa liga e continuo a sustentar essa opinião. Com toda a sinceridade, gostaria de ver o Francisco Moura a recuperar essa posição de destaque na época que está a decorrer”, expressa.
Sem qualquer dúvida de que se trata “de um jogador de um grande clube”, João Pedro Sousa caracteriza o penúltimo reforço do FC Porto na janela de transferências de verão como o que “muitos designam de lateral moderno”. “Possui uma grande vocação ofensiva, mas é também robusto e coeso na defesa e, acima de tudo, demonstra uma capacidade competitiva que se adapta perfeitamente a qualquer clube que aspire a conquistar títulos”, sustenta o técnico de 53 anos, que já previa este desenvolvimento. “Cheguei a dizer-lhe que tinha a percepção do seu objetivo de carreira e que possuía a capacidade e as qualidades para alcançar o que desejava. Apenas teria de confiar no seu trabalho, pois acabaria por atingir o que pretendia. O Francisco é uma pessoa com um carácter muito especial, que se dedica ao máximo. Por essa razão, foi extremamente fácil colaborar com ele e incentivá-lo a atingir um nível de desempenho elevado que lhe permitisse este avanço na sua carreira”, assegura.