Francisco J. Marques aproveitou a presença da comunicação social à saída do tribunal – onde foi ouvido no tribunal judicial da comarca do Porto na qualidade de réu, no âmbito do processo cível movido pelo Benfica, no caso dos emails – para apontar à jornalista Tânia Laranjo. Tendo em conta uma noticia publicada a 25 de novembro de 2017 com o título “Justiça passa à lupa ganhos do diretor do FC Porto”.
No seu próprio twitter, Francisco J. Marques evidenciou vários factos relativos a essa noticia, que, conforme diz o diretor de comunicação do FC Porto, é falsa:
“1 – Hoje, à saída do tribunal, chamei mentirosa à Tânia Laranjo. Vou demonstrar que sei do que falo. A imagem em anexo é de uma notícia, com destaque de foto principal na capa, publicada no dia 25 de novembro de 2017, no CM e assinada por TL. Toda falsa. Vamos aos factos.
2 – A notícia era sobre alegados luxos meus, o que seria contraditório com a sentença que tinha declarado a minha insolvência, facto que eu próprio confirmei meses antes ao CM. Em causa estava a entrada de um requerimento para “passar a pente fino” os meus rendimentos.
3 – Confrontado por telefone pela própria Tânia Laranjo deste facto respondi-lhe que desconhecia, mas que iria tentar perceber. Liguei ao meu advogado a contar-lhe. Minutos depois o meu advogado diz-me que não havia requerimento nenhum, que tinha acabado de consultar o processo.
4 – Liguei à Tânia Laranjo e avisei-a que não havia requerimento algum, que o Citius é atualizado em tempo real e que o meu advogado me tinha dito que não havia nada, ela que visse bem o que ia escrever, para não escrever mentiras.
5 – Respondeu-me que se não tinha entrado ia entrar na segunda a seguir (era sexta). No sábado lá vinha a tentativa de destruição da minha pessoa pela “inteligentzia” do Benfica, com a inestimável ajuda da mentirosa Tânia.
6 – A trama era a seguinte. Que eu teria um salário sumptuoso, porque o João Gabriel, que tinha sido DC do Benfica, tinha sido assessor de Jogo Sampaio. “Logo, teria um ordenado superior”. Se não acreditam, leiam a notícia. E exige-se, por isso, uma investigação à PJ.
7 – Depois, o FC Porto estaria a usar contas de terceiros “para fazer chegar dinheiro a Francisco J. Marques”. E o CM sabe* que o requerimento está ainda nas mãos do juiz para ser decidido. *tradução de o CM sabe: A Tânia Laranjo inventa.
8 – O tal requerimento referia que eu usava cartões de crédito do FC Porto para pagar as minhas contas, “pedindo-se a sua imediata apreensão”. E pedia-se o confisco dos direitos de autor do livro O Polvo Encarnado.
9 – Finalmente, o texto principal terminava assim: “O CM tentou sem êxito contactar FJM que não atendeu o telefone”. Até isto é mentira, como se percebe logo no início. Atendi, liguei de volta e avisei. Ou seja, só mentiu porque quis mentir.
10 – Os alegados luxos são falsos, o requerimento nunca existiu, aliás, já passou ano e meio e o juiz ainda não disse nada sobre o requerimento? Ó Tânia, atualiza lá a notícia, diz lá o que decidiu o juiz sobre o requerimento que nunca existiu. Pormenor, era uma juíza.
11 – Nunca recebi através de contas de terceiros, nunca usei cartões de crédito do FC Porto ou de qualquer empresa do universo FC Porto. Recebi cerca de 3200 euros de direitos de autor do livro relativos a 2017, e pouco mais de 300 euros, relativos a 2018. Nada foi confiscado.
12 – Pouco tempo depois, através da jornalista Aureliana Gomes, o CM tentou consultar o processo e fez um pedido ao tribunal. A juíza negou, após perguntar a minha opinião, tendo-me eu limitado a anexar esta mesma notícia para demonstrar o que estava por trás.
13 – Nessa altura tinha acabado de chegar a acordo com os credores e iniciava-se o pagamento das dívidas e o encerramento da insolvência. Até por isso não fazia sentido aparecer um requerimento uma semana depois de se ter fechado o acordo, sempre com o tribunal ao corrente.
14 – A Tânia desconhecia esse pequeno grande pormenor e para servir os amigos do Benfica foi apanhada numa gigantesca mentira, que a devia envergonhar e muito.
15 – Durante todo este tempo não me incomodou nada que as Tânias deste mundo continuassem a chamar-me insolvente, a dada altura da minha vida isso foi verdade e eu confirmei-o sempre. Ao mesmo tempo, mantive a determinação na luta pela verdade desportiva.
16 – E a verdade que sem recorrer as métodos da Tânia já há pelo menos duas pessoas que vão ser julgadas por corrupção. Uma delas até trabalhava no gabinete ao lado de LFV, mas não tem nada a ver com o Benfica.
17 – Quando tudo isto terminar muitos mais devem ser julgados por corrupção, tráfico de influências e afins e eu não serei um deles, com toda a certeza.
18 – Conclusão: a notícia é falsa do início ao fim e a Tânia Laranjo sabia que era falsa. É este método de atuação que faz dela mentirosa. Estou assim em condições de lhe chamar mentirosa e é isso que tenciono continuar a fazer. A bem da verdade, claro.”
FJM chama “mentirosa” a Tânia Laranjo na saída do tribunal