Sou natural e resíduo na zona centro “rural”, tendo crescido habituando-me aos incêndios no Verão
Sei na pele o que é ver terrenos teus serem queimados pelo fogo. Sei o que é ajudar a combater incêndios. Sei o que é ter amigos, colegas de trabalho, vizinhos, em corporações de BOMBEIROS arriscando a vida nesta altura, sem pedirem nada em troca.
Sei o que foi crescer a fazer caminhadas ou praticar BTT em florestas apenas com carvanhos, pinheiros e outras árvores autóctones. A ir à pesca e olhar à minha volta e só ver pinheiros. Hoje em dia saio com a bicicleta ou vou à pesca e é raro ver uns simples 100m2 sem eucaliptos. Uma autêntica praga.
Sei o que era percorrer dezenas de quilómetros nas serras e não ver uma habitação. Hoje deu-se lugar a uma construção descontrolada, para dar lugar às famosas e tão chiques casas de campo, que estão 10-11 meses do ano vazias.
Sei o que era chegar ao cimo de uma serra e o único elemento não natural que encontravas era um vértice geodésico, hoje encontras dezenas e dezenas de torres eólicas.
E o pouco de floresta natural que vai resistindo, chega esta altura do ano desaparece, para dar lugar a mais eucaliptos, torres eólicas, casinhas, etc.
Estamos a chegar a um ponto de não retorno. Vamos acabar por perder a Floresta neste país, e como disse um Autarca estes dias (penso que da CM da Guarda), é necessário urgentemente um pacto de regime para atacar todas as causas dos incêndios rurais.
Pessoalmente, vou fazendo o que posso. Herdei vários eucaliptais e já só me restam eucaliptos num terreno. Até ao final do ano serão arrancados também e substituídos por pinheiros. Recuso-me a contribuir para a proliferação dessa praga australiana. Vou limpando os meus terrenos e até serventias públicas, porque sei que ningúem o vai fazer a tempo e horas.
Tudo isto revolta-me bastante.
Sei na pele o que é ver terrenos teus serem queimados pelo fogo. Sei o que é ajudar a combater incêndios. Sei o que é ter amigos, colegas de trabalho, vizinhos, em corporações de BOMBEIROS arriscando a vida nesta altura, sem pedirem nada em troca.
Sei o que foi crescer a fazer caminhadas ou praticar BTT em florestas apenas com carvanhos, pinheiros e outras árvores autóctones. A ir à pesca e olhar à minha volta e só ver pinheiros. Hoje em dia saio com a bicicleta ou vou à pesca e é raro ver uns simples 100m2 sem eucaliptos. Uma autêntica praga.
Sei o que era percorrer dezenas de quilómetros nas serras e não ver uma habitação. Hoje deu-se lugar a uma construção descontrolada, para dar lugar às famosas e tão chiques casas de campo, que estão 10-11 meses do ano vazias.
Sei o que era chegar ao cimo de uma serra e o único elemento não natural que encontravas era um vértice geodésico, hoje encontras dezenas e dezenas de torres eólicas.
E o pouco de floresta natural que vai resistindo, chega esta altura do ano desaparece, para dar lugar a mais eucaliptos, torres eólicas, casinhas, etc.
Estamos a chegar a um ponto de não retorno. Vamos acabar por perder a Floresta neste país, e como disse um Autarca estes dias (penso que da CM da Guarda), é necessário urgentemente um pacto de regime para atacar todas as causas dos incêndios rurais.
Pessoalmente, vou fazendo o que posso. Herdei vários eucaliptais e já só me restam eucaliptos num terreno. Até ao final do ano serão arrancados também e substituídos por pinheiros. Recuso-me a contribuir para a proliferação dessa praga australiana. Vou limpando os meus terrenos e até serventias públicas, porque sei que ningúem o vai fazer a tempo e horas.
Tudo isto revolta-me bastante.