Afirmação de Samu surpreendeu?
Vítor Bruno:
"É o que é. Há jogadores que se adaptam mais rapidamente. Há outros que levam mais tempo a adaptar-se àquilo que é uma realidade diferente. Ao Samu ajudou muito o facto de ter ido à seleção naquela paragem. Ajudou-o muito, porque teve a possibilidade de ter minutos de jogo. Participou duas vezes em dois jogos, durante 60 minutos em cada jogo, isso parecendo que não é um aporte muito grande para aquilo que era o estado em que ele chegou aqui. Os colegas também têm sido incansáveis na forma de o receber, de o tratar, de o acolher. Eu acho tudo isso, o espírito familiar que se vive dentro de um balneário que é forte, que é coeso, ajuda muito também a integração de um jogador. O Gül já é diferente, até pela língua. Tem esse handicap. O Sam tem muitos espanhóis também no balneário e a língua também se aproxima muito daquilo que nós somos nós portugueses e acaba por ter essa facilidade em termos de integração. Os jogadores quando têm qualidade, eles rapidamente também se adaptam, têm essa capacidade também de se plastificar e de perceber de que forma é que se devem integrar numa equipa. O Samu, tendo qualidade, rapidamente se integrou, obviamente que não vai ser sempre assim, não esperem agora que ele faça golos em todos os jogos, porque não vai fazer, há momentos em que não vai fazer, há outros em que vai fazer, contribui de outra forma e ele sabe de que forma é que deve contribuir, porque em vídeo-análise detalhámos em pormenor aquilo que foi o jogo do Bodo/Glimt, tinha muito espaço para crescer da parte do Samu, tanto do Samu como do Gül, sobretudo esses dois, que são novos e mais recentes, e chegaram mais tarde, eles sabem que têm espaço de crescimento ainda grande perante aquilo que é exigência da nossa ideia de jogo e não é apenas ficar vinculado a um ou outro golo, neste caso a quatro golos que ele já fez, que está tudo bem, ele tem espaço para crescer, tem espaço para melhorar, mas tem um potencial gigante."
