“Vimos a Roma para passar”
Declarações de Martín Anselmi na conferência de antevisão prévia ao AS Roma-FC Porto (quinta-feira, 17h45)
No Olímpico de Roma, onde esta quinta-feira (17h45, Sport TV5) se decide a passagem aos oitavos de final da Liga Europa, Martín Anselmi antecipou um duelo contra “um adversário forte” em que “é importante marcar primeiro”, “os primeiros minutos serão intensos” e os Dragões têm “todas as possibilidades e vontade de passar à próxima eliminatória”.
“Não vimos aqui passear, vimos a Roma para passar”, afirmou perentoriamente o técnico argentino que aprecia a “intensidade” dos seus laterais, está “tranquilo” com algum momento menos bom vivido pelos avançados desde que a equipa “crie situações de golo” e garante que houve aspetos “a mudar” em relação à primeira mão que “podem fazer a diferença”. Quanto aos comentários do homólogo italiano sobre a equipa de arbitragem, foi claro: “Eu só quero justiça, não quero que me deem nada”.
À espera de um arranque a todo o gás
“É importante marcar primeiro, seria o começo ideal. É um adversário forte, com bons jogadores, que tem a capacidade de assentar o jogo numa defesa de homem a homem e impor-se nos duelos. Os primeiros minutos serão intensos com eles a tentar fazer o primeiro golo, mas estamos preparados para fazer o nosso jogo e espero que as coisas nos saiam como as preparamos para fazermos um bom jogo.”
A maior produtividade nas segundas partes
“Não tenho uma explicação para isso acontecer. Queremos marcar na primeira parte. Às vezes, no futebol, as pernas no final das segundas partes vão tendo menos energia e aparecem mais espaços. Uma pressão super alta e execução em que estou a defender o meu par em todo o campo, na segunda parte costuma ser mais difícil. No Rio Ave, merecemos abrir o marcador na primeira parte, contra a Roma tivemos a chance mais clara no início do jogo, por isso acaba por ser circunstancial. Disputámos jogos intensos em que os espaços se abriram mais na segunda parte.”
A capacidade física dos laterais
“A nossa forma de jogar os alas têm um papel importante ao nível do desgaste físico porque têm de conseguir atacar com a mesma intensidade que defendem. É diferente de jogarem dois homens, tem o campo todos para eles. O Francisco incorporou-se duas vezes contra a Roma e marcou numa delas. É um jogador que tem a capacidade de o fazer, o João Mário do outro lado também, o Zaidu e o Martim também têm a capacidade de ir e vir como desejamos.”
De olhos postos nos “oitavos”
“Faltam muitas jornadas no campeonato, temos possibilidades de demonstrar resultados. Aqui todos os jogos são mata-mata, vimos aqui a Roma com possibilidades e vontade de passar à próxima eliminatória. Não vimos aqui passear, vimos a Roma para passar.”
Pepê
“Contra o bloco baixo do Farense, imaginámos um jogo em que os nossos alas poderiam estar mais ofensivos e ser extremos. Sei que o Pepê já jogou como lateral, sei que o João Mário não tinha jogado regularmente e precisava de descansar, o Gonçalo Borges também podia fazer o papel, mas tinha jogado 90 minutos, por isso o Pepê estava mais fresco. É um jogador que tem muita capacidade para rodar e encarar de frente os adversários. Se for a jogar por fora, imagino-o mais à esquerda, com o pé trocado, mas cumpriu as funções de forma natural, ainda que numa posição que nem eu nem ele o imaginamos.”
O momento dos avançados
“O importante é que a equipa marque. Queremos ganhar e para isso temos de marcar golos, não importa quem os marque. Na minha experiência como treinador, vivi temporadas em que o ponta de lança não fez golos durantes meses e depois foi muito produtivo noutros. Sei a qualidade que têm os meus avançados, por isso marcar ou não é um produto de um leque de ações, estou tranquilo. Desde que a equipa crie situações de golo, não estou preocupado.”
A estratégia afinada para o mata-mata
“Há sempre coisas a corrigir. Não sei se a palavra é só corrigir porque há coisas para mudar. Se fizermos o mesmo que no primeiro jogo, não aproveitaremos nenhuma vantagem neste jogo. Gosto das eliminatórias porque os detalhes que se podem modificar para o segundo jogo podem fazer a diferença. Entendo que o Claudio Ranieri é um treinador muito experimentado, sabe como se joga este jogo e pode criar um contexto em que que condicione algumas decisões arbitrais, mas eu só quero justiça, não quero que me deem nada. Quero que o árbitro faça o seu trabalho, não quero que invente um cartão vermelho ou um penálti. Quero justiça.”
Um jogo de tripla
“Não gosto de falar de percentagens. Temos um adversário forte pela frente com a sua história, os seus adeptos e que vai jogar em casa. Deste lado está o FC Porto com a sua história, os seus adeptos e uma grande vontade de ganhar. Assim explico os 50/50 do Claudio Ranieri.”
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