Esta vitória, para quem não viu o jogo, até parece estóica, mas a verdade é que não foi, longe disso.
Perante um Sporting que estrategicamente procurou carregar no jogo interior, através do Ward, fomos pouco inteligentes e intensos na defesa. Se repararmos bem, passamos para a frente quando o Magalhães senta o Ward que já não podia com um gato pelo rabo, e vai ao banco buscar o Arnette sem ritmo que acabamos por aproveitar.
Mais uma vez, atrasados nas rotações, mal colocados do lado contrário da bola, dou 3 exemplos(de vários que sucederam)
1- 3Q entrada em drible do Armwood pela esquerda, supera o Miguel pela linha de fundo e a ajuda do Omlid não surge porque está de costas para a bola a ver o seu jogador do lado contrário e sai tarde da posição. Na sequência sai afundanço;
2- 2Q entrada em drible do André Cruz que bate o Tanner pela direita e temos o nosso capitão a “dormir uma soneca” a procurar ganhar a frente ao Ward quando estamos a sofrer uma penetração. Na sequência sai assist para o Ventura que surge nas costas do Max que está a olhar para a bola e perde noção do seu jogador nas costas
3- 1Q bloqueio central do Ventura que faz ziguezague e entra no corredor central sendo que nem o Miguel, nem o Xeyrius fecham a trajetória, acabando com penetração fácil finalizada na passada pela esquerda.
Há muitos mais destes…o que me preocupa é que estes erros, são erros que não vêm de agora. Sao erros que são cometidos da mesma forma por jogadores diferentes. São erros de treino(ou falta dele) porque devem ser trabalhados até à exaustão porque exigem sincronização nas rotações e nos ajustes defensivos.
Não digo que hoje o se justificasse mas alguém que acompanhe mais a equipa se recorda de a ver a meter uma zona press, ou mesmo uma zona estática, seja em 2x3, 2x1x2, 1x2x2, 1x3x1?
Dependemos sempre das individualidades para o sucesso do modelo de jogo. Não me parece, de todo, a melhor abordagem para uma equipa que se pretenda ser campeã nacional!
Não me deixo iludir por esta vitória, há muiiiittttto para trabalhar se quisermos matar o borrego. Espero que o Coach abra o olho e meta a mão na massa porque como se diz na gíria da construção…”ainda há muito cascalho para acartar”