Não consigo encontrar uma vantagem em ter uma equipa sub23. Continuo a entender que ter uma equipa C a jogar contra séniores sub35, num campeonato aberto (onde há luta competitiva por subidas e descidas) é melhor que ter um campeonato sénior sub23 e fechado.Quanto a esta equipa, olhando de uma perspetiva mais organizacional, é fruto da falta de projeto desportivo na equipa B e da vontade incessante desta direção ganhar títulos na formação. Algo que a meu ver em nada beneficia estes talentos e muito menos o clube.
Não faz sentido, por exemplo, ter o Kaio Henrique a titular na equipa B, baixar o Martim Cunha aos sub19 e deixar sem jogar o Yoan Pereira, o José Afonso e o Guilherme Carvalho.
Não faz sentido ter contratado o Nagata e não subir o Mide de escalão para ter o Francisco Fernandes, o João Abreu e o Manuel Miranda sem jogar.
Não faz sentido ter o Alarcón a jogar na B para ter Tomás Peixoto, Rúben Barbosa, Francisco Fernandes, João Abreu nos juniores.... o mesmo se aplica no lado direito com o André Miranda e o Duarte Cunha a canibalizarem o tempo de jogo um do outro
Não faz sentido ter Brás, Felipe Silva, António Ribeiro na B e ter Schelmik e Filipe Sousa nos juniores com o Salvador Gomes e o Marco Silva (fez época brutal nos juvenis) a comerem banco.
Não faz sentido contratar jovens colombianos para posições em que dispensamos jogadores talentosos como o Leonardo Santos.
Tudo isto para dizer o quê?
Para dizer que o clube não está a dar resposta às necessidades destes talentos. Tanto a nível de política desportiva nomeadamente a miserável construção do plantel da equipa B, tanto a nível organizacional nomeadamente a criação de uma equipa sub23/C para dar resposta competitiva a todos estes talentos
e sim, estou convencido e já aqui o partilhei, que a tábua de salvação da equipa B é a equipa de sub 19. Há mais qualidade nos sub 19 que na B.
Há jogadores sentados no banco nos sub19 que comem de cebolada "titulares" da B.