Ontem não ví a gala porque nesses momentos vinha de comboio de Lisboa aonde me fui "despedir" de um amigo de longa data (Zé Mário Branco) com quem convivi nos anos 70 1º em França e depois cá.
Ouví agora o discurso de PdC, enviada numa msg no facebook pela minha namorada certamente para me chatear porque ela sabe o que eu penso, estive para não ouvir mas tentei-me (para ter opinião, não sou homem de ideias fixas - ideias fixas é para gente com pouco cérebro ou com pensamentos ditatoriais). Curiosamente o link era o do Portal dos Dragões no facebook.
Direi que o discurso estava bem elaborado, para que ia negar essa evidência se é verdade, falou muitas coisas que concordei na generalidade, teve eloquência (para quem diz que ele está acabado pelo menos da cabeça não está - sempre o disse aqui), teve algumas frases paroquiais e misticas que me desagradaram (sou ateu e gosto da laicidade no respeito da individualidade de cada um) mas isso não teve importância.
A parte final foi um pouco enigmática quanto ao seu futuro e digamos um pouco contraditória, disse aquilo que todos sabemos "que agora estamos aqui daqui a 1 minuto podemos não estar", deu a entender que queria fazer outras coisas antes de "partir" deste mundo ( para ele o céu para mim será o cemitério), disse coisas lindas sobre um que partiu tal como "enquanto houver alguém que o conheceu ele nunca partiu porque será sempre falado" e o contraditório (embora em tom de ironia mas...) foi dizer que os médicos nunca o deixarão partir.
Aguardemos pelo próximo ano a ver se foi mais um bluff ou não, já ouví desde 1982 diversas vezes + ou - isto ou seja um dejá vu mas desta vez foi mais longe e até ironizou com o programa tempo extra a dizer que não queria isso.
Veremos.
O Clube precisa de sangue novo, de rigor nas contas e está à vista o que sabemos.
Podia ter saído há algum tempo em glória podia ter sido muito maior que Santiago Bernabéu e arrisca-se, não sei porquê, a sair mal - empurrado ou num caixão.
Eu no lugar dele não quereria isto, gostaria de vivo me sentar na bancada no meio dos sócios e voltar a ser aquilo que tinha sido antes -um simples sócio mas que todos (ou quase) olhariam como um herói,uma referência.
Já não vai a tempo disso, ele é que fez as escolhas da sua vida e é responsável por elas, mas ainda vai a tempo de minorar os estragos.
Eu não acredito que não vai fazer mais um mandato mas a jogada é dele - será julgado pelo que acontecer.