Também saíram as contas do Braga muito recentemente e trago mais um pequeno mimo.
Primeiro deixo algumas reacções do fórum bracarense ao relatório em questão:
Então em 2013/14, a venda do Diego Costa do Atlético para o Chelsea (que nos rendeu 8M) + venda de Edinho + venda de parte do passe de Pedro Tiba e Núrio + venda de parte do passe do Rafa rende 11,56M e agora vêm dizer-nos que a % do Rafa rende 7,1M?
É que só esses 7,1M + o valor do Diego Costa excede os 11,56M reportados em 2013/14!
Alguém me consegue explicar isto?
Tudo muito bonito mas o RC de 2013/14 diz que adquirimos 80% do passe na altura da compra! Afinal só compramos 40%? Porque mentiram no RC de 2013/14?
E, sendo assim, a pergunta coloca-se novamente: para onde foram os 8M da venda do Diego Costa do Atlético para o Chelsea? É que esse valor em conjunto com a venda dos 40% do Rafa e com as vendas de Edinho, parte do passe do Núrio e parte do passe do Tiba renderam 11.56M.
Não é preciso ser o Hercule Poirot para descobrir a incongruência deste relatório com o de 13/14 nem o Arquimedes para ver que as contas não batem certo.
Outra coisa que não cola é a necessidade da suposta parceria com a Gestifute para adquirir um atelta da II Liga porque meio milhão é um investimento de risco. Yazalde e Zé Luís vieram da mesma II Liga, por mais de 1M cada um e não houve parceria nenhuma.
Pois...quem quiz redigir o conto de fadas para os miúdos se acalmarem e dormir descansados, esqueceu-se de ler os relatório de contas anteriores.
No de 2013/14 aparece que compramos 80% ( e não 40% como querem fazer querer agota) e nos restantes relatórios de contas seguintes não aparece as vendas das % e recompras do Rafa, talvez tenha sido em berlindes na altura.
Isto tal como para o Gil Dias é um assalto a não armado com milhares de pessoas a ver e a assobiar para o lado.
Este negócio cheira muito mal.
Isto é pura engenharia financeira. Há um resultado a apresentar, e as parcelas têm de ser encaixadas para dar esse resultado.
A credibilidade é tal, que quaisquer análises são apenas perdas de tempo. Faz lembrar as contas da URSS.
Não é que não se queira saber do clube mas em altura alguma vão existir, com esta ou outra direção, contas claras e certinhas porque isto é o que é. Se já na outras actividades que movimentem valores desta ordem é o que é, vá se lá saber no futebol.
Pois bem, no lamaçal de actos duvidosos levados a cabo pelo trolha do salvador, que é mais uma lavandaria mendes desta vida, saiu para lá no relatório uma explicação do negócio rafa e coisas que tal.
Uma autêntica palhaçada, para burro comer, contudo há quem por lá ande atento e no fim basta somar um mais um...
Mas é um fenómeno transversal no mundo futebolístico cá do burgo.
Vamos ao mimo Mendes, que é de facto quem manda nisto tudo, o mafioso criminoso condecorado pelo País.
O fundo envolvido na trafulhice Rafa, que é um dos maiores logros mas entre muitos de igual dimensão, do futebol nacional em tempos recentes...
Chama-se Browsefish Limited.
Já desmascarado pelo Football Leaks, em tempos, mas como todos leaks são coisas a que ninguém presta atenção ou guarda na memória até porque todos fazem questão de o fazer esquecer.
Segundo as novas revelações do Football Leaks, o proprietário do AS Monaco, Dmitri Rybolovlev, ter-se-á associado a um fundo de investimento que compra percentagens de jogadores, alguns dos quais passaram pelo seu próprio clube. Tudo isto com o agente português Jorge Mendes.
Sabe-se que Jorge Mendes já fez bons negócios com o Monaco, onde o agente português colocou os jogadores Falcao, Moutinho, James Rodriguez e Ricardo Carvalho. As últimas revelações do Football Leaks, publicadas quarta-feira pela Mediapart, mostram uma outra faceta dos negócios entre Dmitri Rybolovlev, presidente do AS Monaco, e Mendes.
Um fundo registado no Chipre
O bilionário russo terá usado um fundo de investimento (Browsefish Limited) para comprar, em total sigilo, parcelas de jogadores. Este fundo está registado no Chipre, mas o seu verdadeiro endereço aponta a Rybolovlev, no Monaco. O fundo terá comprado em junho de 2014 partes dos direitos económicos de seis jogadores do Braga, numa época em que a compra de jogadores por terceiras entidades (TPO) era autorizada, excetuando em certos países como a França ou o Reino Unido. Segundo o Football Leaks, a Browsefish detinha percentagens de doze futebolistas. "Se dirigir um clube ao mesmo tempo que se possui partes de jogadores dificilmente haverá compatibilidade, mas o conflito de interesses agrava-se quando um desses futebolistas acaba por ser contratado pelo Monaco", explica a Mediapart. É o caso do médio brasileiro Fabinho, membro do clube Mendes.
O exemplo absurdo de Fabinho
A transferência de Fabinho resume bem este esquema. Segundo o Football Leaks, em janeiro de 2014, a Browsefish terá adquirido 48,5% do jogador, isto é, metade da percentagem que pertencia a Mendes. No momento dessa compra, Fabinho já jogava no Monaco, emprestado pelo Rio Ave (Portugal) em junho de 2013. O seu presidente seria, portanto, proprietário de metade de um jogador que alinhava no seu clube. Posteriormente, o Monaco comprou-o, a 15 de maio de 2015. Isto é, quinze dias após a interdição dos TPO pela FIFA. Sendo que, algures durante esse intervalo de tempo, a 1 de janeiro de 2015, a Gestifute recomprou a parte de Fabinho que pertencia à Browsefish, pelo que o Monaco não comprou um jogador detido parcialmente... pelo seu presidente.
De acordo com a comunicação social, o Monaco comprou Fabinho por um valor entre os 5 e os 6 milhões de euros. Mas o documento oficial registado pelo Monaco no sistema de regulação de transferências da FIFA indica a soma de 10 cêntimos de euro. Para além disso, a sociedade Gestifute, que detinha 97% de Fabinho no momento da transferência, não aparece nos documentos enviados à FIFA. "Parece uma operação de TPO disfarçada em benefício de Jorge Mendes, quinze dias após a interdição de tais práticas", explica a Mediapart. Outro negócio igualmente nebuloso foi o do antigo defesa do Monaco, Wallace, que também integrou o portefólio de TPO da Browsefish.
Segundo o Football Leaks, entre janeiro de 2014 e junho de 2015, as vendas de parcelas de jogadores ao fundo de Rybolovlev representaram 87% da atividade TPO da Gestifute, a empresa de Mendes, e gerou 6,85 milhões de euros em mais-valias para o agente. Para a Mediapart, este sistema poderá ser também um meio para pagamento de comissões disfarçadas a Jorge Mendes. A Mediapart tentou contactar Mendes e Rybolovlev, mas os dois não responderam. Não há informações que indiquem se o fundo em questão ainda existe e se, em caso afirmativo, se respeita as novas leis.
Em junho de 2014, a Browsefish Limited (o fundo de investimento de Rybolovlev), comprou 30 a 40% dos direitos económicos de seis jogadores do Braga, nos quais se incluía Rafa Silva, que entretanto se transferiu para o Benfica.
Jorge Mendes comprou 97% dos direitos económicos de Fabinho por 1 milhão de euros. Posteriormente, vendeu 48,5% a Rybolovlev por 2,325 milhões. Mais tarde, a Gestifute recomprou esses 48,5% por apenas 1 milhão! Conforme escreve a Mediapart: "Ficamos a imaginar o motivo que terá levado o proprietário do Monaco a aceitar um negócio tão desfavorável".
Ao contrato de venda de Fabinho do Rio Ave para o Monaco por 10 cêntimos, foi acrescentada uma adenda que, em caso de uma venda futura do jogador, o Monaco deverá entregar 50% do valor da transferência ao Rio Ave.
Em relação a Wallace, Jorge Mendes comprou, faseadamente, 90% dos direitos económicos do jogador por 6,4 milhões. Posteriormente, vendeu 45% a Rybolovlev por 4,4 milhões. Nesta altura, Wallace jogava no Monaco, por empréstimo do Braga (que, por sua vez, tinha pago 1 ao Cruzeiro pelos direitos desportivos). Para apresentar um aspeto menos nebuloso, no dia 3 de julho de 2014, o Braga comprou os 90% dos direitos económicos a Mendes e Rybolovlev, mas comprometendo-se a entregar à Gestifute a totalidade do valor de uma futura transferência. Não há nenhuma referência à Browsefish de Rybolovlev, mas presumindo-se que a Gestifute seria responsável pelo encontro de contas com o fundo - resta saber com que percentagem de comissão. Entretanto, em 2016, o Braga vendeu Wallace à Lazio por 8 milhões, o que significa que o lucro para os investidores foi relativamente reduzido. O Football Leaks não esclarece como Mendes e Rybolovlev distribuíram os ganhos.
O Football Leaks mostra que a Browsefish detinha percentagens de 12 jogadores, incluindo o mexicano Raul Jimenez, que agora joga no Benfica. O que pode lançar a seguinte questão: considerando as movimentações sucessivas de direitos económicos (compras, vendas e recompras) nestes negócios que envolvem Gestifute e Browsefish, usando os clubes como meros repositórios de jogadores, será que os 100% que o Benfica detém de Jimenez são reais? Ou estamos perante uma situação igual ou parecida com aqueles 100% que o Braga "detinha" de Wallace? Jimenez que, recorde-se, já terá guia de marcha definida por uma verba recorde - pelo menos é o que diz o feeling de Luís Filipe Vieira. E quem fala de Jimenez, fala de Rafa Silva.
Sobre Wallace, negócio tão escabroso quanto o de Fabinho, o Braga recebeu 128 mil euros por fazer de barriga de aluguer durante 2 anos a um jogador que acabou na Lazio por 8 milhões.
Não há história, que não seja história de cadeia, de criminosos e esquemas fraudulentos.
E é tabú na nossa praça.
Os próprios adeptos dos clubes, porque estão todos metidos no saco, uns mais outros menos mas todos lá dentro não querem na maioria olhar para a realidade.
E é certo, que se deixaram este gajo mandar no futebol nacional, desde os clubes grandes aos pequenos, das selecções aos escritórios e até com condecorações o enterro dele será em grande parte o enterro do futebol nacional pelo menos na dimensão que o conhecemos actualmente.
Os russos e chineses que andam a lucrar com isto não perderão nada, quem se anda a servir destes esquemas pelo meio também não, os clubes e o próprio futebol é que colapsa.
Não sei como ainda não cai este trapaceiro, mas não pode tardar muito, ...
E com ele vai muita coisa...
Haja essa noção!