História

radiohead

Bancada central
9 Julho 2025
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Fake news histórica: a existência de um "Tratado" de Zamora que concedia a independência a Portugal.

Sem embargo de muitos autores rejeitaram atribuir importância a um qualquer encontro que tenha existido em 1143, a verdade é que é consensual (não unânime) a inexistência de um Tratado, nos sentidos político e jurídico do termo.

Daí vários autores denominarem o que aconteceu em 1143 de "conferência".

Além disso, e pegando na posição dos autores que rejeitam a importância que o "Tratado" supostamente teria na independência de Portugal, a possibilidade do rei de Leão e Castela, Afonso VII, primo de Afonso Henriques, ter reconhecido este como "rei" nada obsta a que continuasse a existir uma relação de vassalagem. Isto porque o Afonso VII se autointitulava de "Imperador de toda a Hispânia".

Acresce que o Afonso Henriques já se intitulava de rei desde 1139.

Cito Oliveira Marques: "Perdeu-se o texto do tratado ou pacto [OM defende que existiu de facto um tratado/pacto escrito]. Aparentemente, concedia a Afonso Henriques o título de rei, embora mantendo todas as cláusulas de auxílio militar sempre que necessário. Não era ainda a independência. Mas era um enorme passo na sua direcção".
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Fake news histórica: a existência de um "Tratado" de Zamora que concedia a independência a Portugal.

Sem embargo de muitos autores rejeitaram atribuir importância a um qualquer encontro que tenha existido em 1143, a verdade é que é consensual (não unânime) a inexistência de um Tratado, nos sentidos político e jurídico do termo.

Daí vários autores denominarem o que aconteceu em 1143 de "conferência".

Além disso, e pegando na posição dos autores que rejeitam a importância que o "Tratado" supostamente teria na independência de Portugal, a possibilidade do rei de Leão e Castela, Afonso VII, primo de Afonso Henriques, ter reconhecido este como "rei" nada obsta a que continuasse a existir uma relação de vassalagem. Isto porque o Afonso VII se autointitulava de "Imperador de toda a Hispânia".

Acresce que o Afonso Henriques já se intitulava de rei desde 1139.

Cito Oliveira Marques: "Perdeu-se o texto do tratado ou pacto [OM defende que existiu de facto um tratado/pacto escrito]. Aparentemente, concedia a Afonso Henriques o título de rei, embora mantendo todas as cláusulas de auxílio militar sempre que necessário. Não era ainda a independência. Mas era um enorme passo na sua direcção".
Ia dizer que a inexistência dum documento assinado se poderia explicar pela destruição do terramoto de Lisboa. Mas pelo menos devia haver o mesmo documento nos arquivos espanhóis. Mas se também não o encontram em Espanha... corremos o risco de ainda vir a ter problemas com os castelhanos.
 

radiohead

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Ia dizer que a inexistência dum documento assinado se poderia explicar pela destruição do terramoto de Lisboa. Mas pelo menos devia haver o mesmo documento nos arquivos espanhóis. Mas se também não o encontram em Espanha... corremos o risco de ainda vir a ter problemas com os castelhanos.
Não te preocupes que, com ou sem tratado, os espanhóis não respeitam nada (estou a olhar para ti, Olivença).
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Não te preocupes que, com ou sem tratado, os espanhóis não respeitam nada (estou a olhar para ti, Olivença).
Por acaso eu tenho um plano muito bom para recuperar Olivença, que é fazer um ataque-surpresa a Ceuta, seguido de ocupação da cidade, que afinal nunca devia ter deixado de ser nossa. Depois dizemos que só devolvemos Ceuta se eles devolverem Olivença. Simples.
 
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Dagerman

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1 Abril 2015
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Não te esqueças de Melilla e das Canárias!
Exactamente! Os espanhóis fartaram-se de nos roubar, cabrones! Assinam tratados que depois não respeitam. Quando a monarquia espanhola cair desagregando-se em dez repúblicas diferentes, teremos tempo para resolver estes casos pendentes. Não perdem pela demora!
 
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Exactamente! Os espanhóis fartaram-se de nos roubar, cabrones! Assinam tratados que depois não respeitam. Quando a monarquia espanhola cair desagregando-se em dez repúblicas diferentes, teremos tempo para resolver estes casos pendentes. Não perdem pela demora!
Será a nossa oportunidade de imitar o fundador da Nação e invadir a Galiza. Se calhar nem é preciso, juntam-se a nós de livre e espontânea vontade.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Conquistas
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Por um feliz acaso sintonizei o canal 13 o Porto Canal e estava o Joel Neto e uma jornalista a falarem de livros diversos e de eventos na Cidade do Porto.
Retive 2 que me chamaram a atenção;
Um deles já sabia alguma coisa mas fiquei a saber muito mais;
Na rua paralela à minha, com a escola a separar, existe a Rua Arquiteto Marques da Silva (curiosamente ele não falou nisso nem era tema mas essa rua chamava-se Rua da Friagem e tem uma explicação; quem conhece o Café Convívio (neste momento fechado desconheço "se é mais um" ou restauro) sabe que em muitos dias ao atravessar para o outro lado existe uma ventania forte que também se nota nas traseiras da Igreja do Bom Sucesso pegada à Casa Agrícola e desaparece como por mágica ao entrar na minha rua ou no caso da outra paralela). Marques da Silva esteve presente em muitas obras importantes da Cidade tais como a Estação de São Bento, Teatro S. João e tantos outros edifícios relevantes. Também foi o autor do restauro do altar mor da Igreja da Trindade de que foi aluno na escola deles antes de ir para Belas Artes.
Um que não sabia, mas deveria saber, e sempre me fez espécie foi o nome da Rua D. Manuel II e a razão porque na República não mudaram o nome.
A razão, e estou 100% convicto dela agora, é uma; nessa rua existe o Museu Soares dos Reis que desde o século XVIII era residência real sempre que se deslocavam ao Porto, D. Manuel II no seu breve reinado doou o Museu à Cidade do Porto - creio que aqui está a explicada a razão de ninguém se ter atrevido a mudar o nome da Rua.