Crónica do Zé Rabolhinho no Clube dos Panelas Rabolhos
No reino dos Panelas, onde a águia já não voa — apenas tropeça com estilo —  
chegou Zé Rabolhinho, o iluminado, o ungido, o mestre do PowerPoint febril.  
Trouxe consigo um plano invisível, uma tática esotérica,  
e uma cláusula de rescisão que brilha mais que a Taça da Liga.
Chamaram-lhe The Compensated One,  
porque onde passa, não há glória — há indemnização.  
No Clube dos Rabolhos, foi recebido com fanfarra e fé,  
como quem acredita que a posse de bola é redenção.
“Temos de controlar as emoções”, disse ele,  
enquanto o adversário controlava o marcador.  
“Foi um jogo de altos e baixos”, explicou,  
com a serenidade de quem já viu o cheque ser preparado.
Os rabolhos, devotos da mística enCornada
seguem Zé como quem segue um guru de balneário.  
Mesmo quando a equipa joga como quem procura Wi-Fi no relvado,  
Zé vê evolução. Zé vê processo. Zé vê... faturação.
E quando o ciclo termina — porque termina sempre —  
ele parte com dignidade e milhões.  
Deixa frases feitas, um legado de empates,  
e um balneário cheio de espiritualidade e pouca finalização.
No mural do clube, entre Eusébio e as promessas de pré-época,  
fica gravado:  
Zé Rabolhinho – The Compensated One  
Patrono oficial do Clube dos Panelas Rabolhos.
	
		
			
		
		
	
