Música

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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Esta coisa linda vai fazer 50 anos. Um álbum que nada deve ao The Dark Side of the Moon.


Azeiteiros do crl, música de hippie requentado, nunca gostei desta merda e hei-de morrer sem perceber que interesse tem. Na época em que estes trolhas produziam guitarradas atmosféricas ganzadas havia gente a inovar à bruta como Bowie, Captain Beefheart, New York Dolls ou Kraftvwerk.
Na minha humilde opiniao os Pink Floyd são a banda mais sobrevalorizada da história a par dos Rolling stones!
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Estava hoje a conduzir no típico trânsito infernal do Porto e calhei de sintonizar numa rádio qualquer, que estava a tocar esta música. Não a ouvia há muito, "esquecendo-me" do clássico que era e ainda é. Impressionante como uma canção que tem 40 e tal anos parece não ter envelhecido, mais: como é manifestamente superior a qualquer outra que esteja no topo das paradas hodiernamente.

Creio que, no que toca à música pop, nem os Beatles se aproximaram da fama e do output criativo deste gajo no seu auge. Que pena uma vida tão trágica. Deixou-nos grandes álbuns a solo, sem embargo de um legado de mais de 40 anos, desde criança, com os J5, até à sua morte precoce, com 50 anos (tanto quanto me recordo; lembro-me especialmente desse dia e do que estava a fazer quando soube da sua morte. Daqueles momentos, tal como a morte da Princesa Diana ou a queda das Torres Gémeas, de que ninguém se esquece).

Lamento desiludir-te, mas o Jackson nunca passou dum produto saído da mesma fábrica de salsichas sonoras donde saíram todos os "génios" da pop comercial como Prince a Madonna, os Wham ou hoje a Taylor Swift. Super-estrelas artificiais produzidas em estúdio e que sem a produção e a promoção não seriam nada.
O Jackson está para a pop como o Dan Brown para a literatura ou o Rodrigues dos Santos para o jornalismo.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
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Azeiteiros do crl, música de hippie requentado, nunca gostei desta merda e hei-de morrer sem perceber que interesse tem. Na época em que estes trolhas produziam guitarradas atmosféricas ganzadas havia gente a inovar à bruta como Bowie, Captain Beefheart, New York Dolls ou Kraftvwerk.
Na minha humilde opiniao os Pink Floyd são a banda mais sobrevalorizada da história a par dos Rolling stones!
Eu com o meu ecletismo consigo apreciar a obra dos PF embora nem tudo o que tocassem fosse ouro, mas tem uns 3 albuns absolutamente notáveis, também tem algum drivel noutros trabalhos.
Pessoalmente não posso com o Waters, que na minha opinião ou é um cretino ou um cérebro torrado das drogas, mas tento não misturar as coisas, diabos nem os antigos colegas podem com ele.

Sou parcial para o Bowie como admirador confesso, e Kraftwerk ahhh...tem muito da minha fundação artística pois sou teclista amador, são os meus "avós" musicais. Tenho é a vida muito facilitada, mesmo depois de muito estudo, cursos, escola de música, ainda me apanho a coçar cabeça quando um qualquer amigo de um estúdio me deixa dar uns toques com um synth modular, a minha mente está toda programada para o acesso direto a opções, padrões e performance directa. A modernidade e capacidade de compactar tecnologia em coisas cada vez mais user friendly fazem-nos também admirar mais os grandes pioneiros que tiveram de cascar pedra.
 
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Edgar Siska

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Ao pé da praia
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Lamento desiludir-te, mas o Jackson nunca passou dum produto saído da mesma fábrica de salsichas sonoras donde saíram todos os "génios" da pop comercial como Prince a Madonna, os Wham ou hoje a Taylor Swift. Super-estrelas artificiais produzidas em estúdio e que sem a produção e a promoção não seriam nada.
O Jackson está para a pop como o Dan Brown para a literatura ou o Rodrigues dos Santos para o jornalismo.
Não deixa de ter lançado composições fantásticas, que foram exactamente o trabalho conjunto de produtores e musicos de estudio talentosíssimos. Tens gente com um talento imensurável que nunca teve uma carreira direta como músico de palco ou em nome próprio, fizeram a sua vida no estúdio a construir e a coadjuvar artistas.

Para o Thriller por exemplo dou-te 4 absolutos génios do estúdio,Tom Bahler e mais na minha área Michael Boddicker e Anthony Marinelli.
e claro o grande Quincy Jones a coordenar esta malta.

O Marinelli por exemplo era praticamente um puto ainda, e ficará para sempre na história pois foi ele que compôs tocou e programou todos os sintetizadores da faixa "Thriller", principalmente aquela bassline emblemática.

Eu não desvalorizo a música "pop", consumo a que gosto, não me arvoro de tais elitismos.
 
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Mr.Ribeiro 46

Tribuna Presidencial
26 Julho 2016
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Votações de júri lamentáveis de uns quantos países. Suécia, Dinamarca, Luxemburgo, Eslovénia.
O Hjulmand e o Gyokeres andam nas bocas do mundo por causa do nosso país, nem a merda dum ponto deram.
A Eslovénia tem aquele cepito esloveno do Pogaçar que chora para ter o João Almeida na equipa senão leva é no pelo e nem a devida gratidão mostra.
E o Luxemburgo enfim, há mais portugueses que luxemburgueses nessa merda de sítio.
Vamos mas começar a barrar vendas de bacalhau para essas merdas de países.
Depois comem o bacalhau rançoso da Noruega que se fodem enquanto nós e os países de jeito comemos do bom.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Não deixa de ter lançado composições fantásticas, que foram exactamente o trabalho conjunto de produtores e musicos de estudio talentosíssimos. Tens gente com um talento imensurável que nunca teve uma carreira direta como músico de palco ou em nome próprio, fizeram a sua vida no estúdio a construir e a coadjuvar artistas.

Para o Thriller por exemplo dou-te 4 absolutos génios do estúdio,Tom Bahler e mais na minha área Michael Boddicker e Anthony Marinelli.
e claro o grande Quincy Jones a coordenar esta malta.

O Marinelli por exemplo era praticamente um puto ainda, e ficará para sempre na história pois foi ele que compôs tocou e programou todos os sintetizadores da faixa "Thriller", principalmente aquela bassline emblemática.

Eu não desvalorizo a música "pop", consumo a que gosto, não me arvoro de tais elitismos.
Ao mencionares esses génios do estúdio estás a dizer mais ou menos o mesmo que eu: sem a máquina por trás, o MJ não seria nada. Com os mesmos compositores, instrumentistas e produtores no estúdio, se a editora contratasse outro vocalista qualquer, esse vocalista é que seria o "rei da pop".
Em resumo, eu valorizo mais a música que dois putos africanos consigam fazer com uma guitarra artesanal e uma lata de gasóleo do que as coisas demasiado produzidas de um MJ, onde o verdadeiro talento está nos bastidores.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Azeiteiros do crl, música de hippie requentado, nunca gostei desta merda e hei-de morrer sem perceber que interesse tem. Na época em que estes trolhas produziam guitarradas atmosféricas ganzadas havia gente a inovar à bruta como Bowie, Captain Beefheart, New York Dolls ou Kraftvwerk.
Na minha humilde opiniao os Pink Floyd são a banda mais sobrevalorizada da história a par dos Rolling stones!
Só gostei dos Pink Floyd até à saída do Sid Barrett.
 
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cybersoze35

Tribuna
12 Junho 2017
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  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Vítor Hugo
Eh pah, nao gostar de uma banda é algo pessoal, aliás a arte é assim, mas daí até partir para o insulto só pq nao se gosta. Isso já acho q nao faz sentido. Podia insultar o Michael Jackson entao, eu nao gosto. Mas como é óbvio consigo perceber que as criaçoes dele fazem sentido, e para muita gente.
E sim, gosto dos Pink Floyd, mas menos da fase Gilmour/estádios, mas lá está respeito quem goste dessa fase e nao da anterior. O Waters era um genio para a musica, e como muitos, nem sempre se gosta de como eles sao na vida pessoal, mas tento ignorar isso* quando ouço musica.

*a nao ser que sejam coisas hediondas, claro.
 

bluemonday

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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Lamento desiludir-te, mas o Jackson nunca passou dum produto saído da mesma fábrica de salsichas sonoras donde saíram todos os "génios" da pop comercial como Prince a Madonna, os Wham ou hoje a Taylor Swift. Super-estrelas artificiais produzidas em estúdio e que sem a produção e a promoção não seriam nada.

O Jackson está para a pop como o Dan Brown para a literatura ou o Rodrigues dos Santos para o jornalismo.
Que treta. Primeiro de tudo, o Jackson escreveu e compôs a maior parte dos hits dele. Como não sabia tocar instrumentos, compunha com a boca o som de cada instrumento. Todos os arranjos eram feitos por ele. Tinha uma voz fenomenal, que já nasceu com ele - era puto e cantava melhor do que a maioria dos outros cantores. Dançava excecionalmente. Teve a visão de fazer dos videoclipes autênticos filmes; foi ele que teve a ideia e financiou do próprio bolso o Thriller. Como artista negro, a MTV nem sequer queria pegar nele, portanto não houve esse tipo de promoção. Lamento, podemos não gostar da música, mas o génio é inegável.

No que toca ao Prince, ainda é mais absurdo. O produtor do Prince é o...Prince. Sozinho. Os arranjos do Prince eram feitos pelo Prince. Tens álbuns em que os instrumentos eram todos tocados pelo Prince. Todas as músicas foram feitas pelo Prince exclusivamente.

Fica aqui uma demo de Billie Jean feita e produzida pelo Jackson sozinho em sua casa. Sem o Quincy Jones, sim. Sem a "máquina do estúdio" por detrás. A música corria nas veias dele, tinha um senso musical incomparável - podemos gostar ou não da música, agora máquina da indústria?

Mais absurdo se torna quando o Michael Jackson surgiu da extrema pobreza, andou a cantar no país todo com os irmãos uando era miúdo à procura de quem lhe pegasse. Os gajos da Motown ficaram fascinados e o resto é história.


 
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Ao mencionares esses génios do estúdio estás a dizer mais ou menos o mesmo que eu: sem a máquina por trás, o MJ não seria nada. Com os mesmos compositores, instrumentistas e produtores no estúdio, se a editora contratasse outro vocalista qualquer, esse vocalista é que seria o "rei da pop".
Em resumo, eu valorizo mais a música que dois putos africanos consigam fazer com uma guitarra artesanal e uma lata de gasóleo do que as coisas demasiado produzidas de um MJ, onde o verdadeiro talento está nos bastidores.
O homem já era famoso antes de conhecer o Quincy Jones e o resto da malta. Quando o Quincy deixou de produzir, continuou a ser famoso e a fazer boa música.

Desculpa, mas isso é objetivamente ignorância. Não existiria outro porque não havia nenhum como ele na música pop - tu insistes em dizer que o homem era apenas um vocalista, quando não era. Muitas das músicas já estavam feitas; trazia-as ao Quincy e ao resto da malta e levavam aquilo a um nível inegável. Tão só porque, como disse, o homem não sabia tocar instrumentos, o que não o impedia de mandar em cada um daqueles que tocava. É só desconhecimento, porque não dava trabalho nenhum ver os créditos das músicas nos álbuns, e até tens vídeos no Youtube com esses processos de gravação.

De qualquer modo, mesmo que fosse só um vocalista - tu achas que há milhares de vocalistas como o Michael Jackson a brotar por aí? Estamos mesmo a descurar o aspeto vocal? Parece que estamos a discutir o Zé Cabra, quando o que está em causa é um dos melhores cantores de sempre.

Aliás, torna-se ridículo falar da "máquina do estúdio" e do "trabalho nos bastidores" e depois dar o exemplo do Bowie como lenda. De facto o é, mas parece que nos esquecemos que aqueles que possivelmente serão os melhores álbuns dele (a trilogia de Berlim) foram feitos com a ajuda do Brian Eno, do Tony Visconti e de uma equipa extremamente competente. Enfim...
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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O homem já era famoso antes de conhecer o Quincy Jones e o resto da malta. Quando o Quincy deixou de produzir, continuou a ser famoso e a fazer boa música.

Desculpa, mas isso é objetivamente ignorância. Não existiria outro porque não havia nenhum como ele na música pop - tu insistes em dizer que o homem era apenas um vocalista, quando não era. Muitas das músicas já estavam feitas; trazia-as ao Quincy e ao resto da malta e levavam aquilo a um nível inegável. Tão só porque, como disse, o homem não sabia tocar instrumentos, o que não o impedia de mandar em cada um daqueles que tocava. É só desconhecimento, porque não dava trabalho nenhum ver os créditos das músicas nos álbuns, e até tens vídeos no Youtube com esses processos de gravação.

De qualquer modo, mesmo que fosse só um vocalista - tu achas que há milhares de vocalistas como o Michael Jackson a brotar por aí? Estamos mesmo a descurar o aspeto vocal? Parece que estamos a discutir o Zé Cabra, quando o que está em causa é um dos melhores cantores de sempre.

Aliás, torna-se ridículo falar da "máquina do estúdio" e do "trabalho nos bastidores" e depois dar o exemplo do Bowie como lenda. De facto o é, mas parece que nos esquecemos que aqueles que possivelmente serão os melhores álbuns dele (a trilogia de Berlim) foram feitos com a ajuda do Brian Eno, do Tony Visconti e de uma equipa extremamente competente. Enfim...
Não importa se foi o MJ ou o gato dele a compor as canções. Eu acho-as fracas e acho a voz dele banal.
E este diferendo de fundo, que tem a ver com o gosto, é irresolúvel.
Mesmo que tu e toda a gente achem que Thriller é um dez melhores álbuns de sempre, o meu ouvido chora a ouvir aquela merda. Que havemos de fazer?
Temos de concordar em discordar né?
 

bluemonday

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Não importa se foi o MJ ou o gato dele a compor as canções. Eu acho-as fracas e acho a voz dele banal.
E este diferendo de fundo, que tem a ver com o gosto, é irresolúvel.
Mesmo que tu e toda a gente achem que Thriller é um dez melhores álbuns de sempre, o meu ouvido chora a ouvir aquela merda. Que havemos de fazer?
Temos de concordar em discordar né?
Mas o ponto não tem que ver com o teu gosto. És livre de amar, gostar, não gostar ou odiar. A grande questão - e foi a isso que respondi - prendeu-se com o facto de teres dito que o Michael Jackson e o Prince tinham uma grande equipa e uma indústria por detrás, que foi isso que lhes deu o sucesso. Ora, objetivamente, factualmente, não foi, foram as músicas deles, feitas por eles, que até podem ser fracas, no entanto isso cabe a cada um definir.

Tal como tens todo o direito de achar a voz dele banal. Tecnicamente, é irrepreensível, tem um grande alcance vocal, mas gostar ou não é uma questão subjetiva. O Axl Rose, em termos técnicos e no que toca ao alcance vocal, também é inegavelmente um grande cantor, contudo há músicas dele que se tornam penosas para os meus ouvidos ouvir. Por outro lado, sabendo perfeitamente que o Bob Dylan tem uma voz de merda, dá-me gosto ouvir.

Concordamos em discordar em termos de gosto musical - e nem assim tanto, porque gosto muito de Bowie e Kraftwerk. No que toca ao resto, senti a necessidade de enfatizar algumas coisas.
 
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Eu com o meu ecletismo consigo apreciar a obra dos PF embora nem tudo o que tocassem fosse ouro, mas tem uns 3 albuns absolutamente notáveis, também tem algum drivel noutros trabalhos.
Pessoalmente não posso com o Waters, que na minha opinião ou é um cretino ou um cérebro torrado das drogas, mas tento não misturar as coisas, diabos nem os antigos colegas podem com ele.

Sou parcial para o Bowie como admirador confesso, e Kraftwerk ahhh...tem muito da minha fundação artística pois sou teclista amador, são os meus "avós" musicais. Tenho é a vida muito facilitada, mesmo depois de muito estudo, cursos, escola de música, ainda me apanho a coçar cabeça quando um qualquer amigo de um estúdio me deixa dar uns toques com um synth modular, a minha mente está toda programada para o acesso direto a opções, padrões e performance directa. A modernidade e capacidade de compactar tecnologia em coisas cada vez mais user friendly fazem-nos também admirar mais os grandes pioneiros que tiveram de cascar pedra.
Em relação aos PF: a meu ver, sem contar com a era Barrett, têm, como disseste, 3 álbuns excelentes: The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here e Animals (não sei se é a estes que te referes). O The Wall está quase lá, mas é muito longo e tem demasiados fillers para o colocar no mesmo patamar, para além de ter o Waters em pleno controlo, o que leva a alguns excessos na produção.

O resto ou são simplesmente bons álbuns (Meddle, Division Bell) ou são medíocres, alguns a roçar o mau.

O Bowie é um gajo que nos anos 70 fez algo absolutamente extraordinário: uma quantidade absurda de álbuns excelentes. A trilogia de Berlim, Station to Station, Hunky Dory, Aladdin Sane, Ziggy Stardust...mesmo os que não são excelentes, são muito bons, tipo o Young Americans e o Diamond Dogs. Nas próximas décadas, perdeu-se um bocado (o Scary Monsters é muito bom; o Let's Dance tem três músicas excelentes, mas fica aquém no resto), terminando, todavia, com o Blackstar, uma verdadeira obra-prima, forte concorrente a melhor álbum deste século.

A primeira vez que ouvi o Autobahn mudou a minha forma de ouvir música.
 
  • Love
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Não deixa de ter lançado composições fantásticas, que foram exactamente o trabalho conjunto de produtores e musicos de estudio talentosíssimos. Tens gente com um talento imensurável que nunca teve uma carreira direta como músico de palco ou em nome próprio, fizeram a sua vida no estúdio a construir e a coadjuvar artistas.

Para o Thriller por exemplo dou-te 4 absolutos génios do estúdio,Tom Bahler e mais na minha área Michael Boddicker e Anthony Marinelli.
e claro o grande Quincy Jones a coordenar esta malta.

O Marinelli por exemplo era praticamente um puto ainda, e ficará para sempre na história pois foi ele que compôs tocou e programou todos os sintetizadores da faixa "Thriller", principalmente aquela bassline emblemática.

Eu não desvalorizo a música "pop", consumo a que gosto, não me arvoro de tais elitismos.
Uma equipa do caralho. Quincy, Rod Temperton (nunca esquecer: Thriller, Rock With You, Off the Wall, três músicas fantásticas), Paulinho da Costa (percussionista brilhante), Bahler, Marinelli, os gajos dos Toto, Greg Phillinganes, Bruce Swedien, etc. A melhor equipa da época, com o melhor produtor da época, com o melhor artista pop da época.
 

Dagerman

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Uma equipa do caralho. Quincy, Rod Temperton (nunca esquecer: Thriller, Rock With You, Off the Wall, três músicas fantásticas), Paulinho da Costa (percussionista brilhante), Bahler, Marinelli, os gajos dos Toto, Greg Phillinganes, Bruce Swedien, etc. A melhor equipa da época, com o melhor produtor da época, com o melhor artista pop da época.
Provocaçãozinha: tens a certeza de que essa equipa não conseguia também pegar nas canções do Quim Barreiros ou, a outro nível, do Variações, e transformá-los em ícones globais?

Ao contrário de ti, eu não acho que o talento individual dos músicos seja o mais determinante quando se trata de criar um fenómeno de vendas na música. Se o talento fosse o principal, a Kate Bush, por exemplo, teria uma carreira dez vezes maior do que a da Madonna.
Na realidade, muitas das bandas mais famosas dos anos 60, e que se tornaram ícones da pop, eram formadas por gajos que, pelo menos no início da carreira, não sabiam tocar uma nota. Falo de bandas como Doors, Animals, Byrds, The Mamas and the Papas, Monkeys, etc. Tanto que era preciso contratar músicos a sério para tocar por eles no estúdio, como os famosos Wrecking Crew. Os próprios Beach Boys recorriam aos serviços desses músicos de estúdio. O principal mérito destas bandas era terem boa figura e o backup dum Phil Spector capaz de lhes dar um som espectacular. Um pouco como as lady gagas e as taylor swifts actuais.

Em resumo, a minha antipatia de base por esse tipo de música super-produzida tem que ver o facto de serem sobretudo produtos artificiais bem trabalhados, bem enlatados e bem promovidos. E com isto não estou a negar que os produtores são essenciais. Pelo contrário, acho que um grande produtor consegue pegar numa musiquinha chocha, mexer aqui e ali e transformá-la numa canção imortal.
 

Edgar Siska

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Provocaçãozinha: tens a certeza de que essa equipa não conseguia também pegar nas canções do Quim Barreiros ou, a outro nível, do Variações, e transformá-los em ícones globais?

Ao contrário de ti, eu não acho que o talento individual dos músicos seja o mais determinante quando se trata de criar um fenómeno de vendas na música. Se o talento fosse o principal, a Kate Bush, por exemplo, teria uma carreira dez vezes maior do que a da Madonna.
Na realidade, muitas das bandas mais famosas dos anos 60, e que se tornaram ícones da pop, eram formadas por gajos que, pelo menos no início da carreira, não sabiam tocar uma nota. Falo de bandas como Doors, Animals, Byrds, The Mamas and the Papas, Monkeys, etc. Tanto que era preciso contratar músicos a sério para tocar por eles no estúdio, como os famosos Wrecking Crew. Os próprios Beach Boys recorriam aos serviços desses músicos de estúdio. O principal mérito destas bandas era terem boa figura e o backup dum Phil Spector capaz de lhes dar um som espectacular. Um pouco como as lady gagas e as taylor swifts actuais.

Em resumo, a minha antipatia de base por esse tipo de música super-produzida tem que ver o facto de serem sobretudo produtos artificiais bem trabalhados, bem enlatados e bem promovidos. E com isto não estou a negar que os produtores são essenciais. Pelo contrário, acho que um grande produtor consegue pegar numa musiquinha chocha, mexer aqui e ali e transformá-la numa canção imortal.
Falaste aí de duas cantoras pop modernas que nem sequer são a nível de talento cru do mesmo nível, uma é imensamente mais talentosa do que a outra goste-se ou não. Embora até saibam ambas tocar instrumentos.


Epa a Kate Bush era tudo, além de um doce. Pena eu nos 80's ser um puto ranhoso.:LOL:

Mas toda a música é manufaturada, toda a que é profissional. Há sempre um thought process por trás.
A única que não é é mesmo se for uma atuação impromptu de uns gajos e seus amigos, ou uns tipos da tribo a tocar tambores.
 

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Provocaçãozinha: tens a certeza de que essa equipa não conseguia também pegar nas canções do Quim Barreiros ou, a outro nível, do Variações, e transformá-los em ícones globais?

Ao contrário de ti, eu não acho que o talento individual dos músicos seja o mais determinante quando se trata de criar um fenómeno de vendas na música. Se o talento fosse o principal, a Kate Bush, por exemplo, teria uma carreira dez vezes maior do que a da Madonna.
Na realidade, muitas das bandas mais famosas dos anos 60, e que se tornaram ícones da pop, eram formadas por gajos que, pelo menos no início da carreira, não sabiam tocar uma nota. Falo de bandas como Doors, Animals, Byrds, The Mamas and the Papas, Monkeys, etc. Tanto que era preciso contratar músicos a sério para tocar por eles no estúdio, como os famosos Wrecking Crew. Os próprios Beach Boys recorriam aos serviços desses músicos de estúdio. O principal mérito destas bandas era terem boa figura e o backup dum Phil Spector capaz de lhes dar um som espectacular. Um pouco como as lady gagas e as taylor swifts actuais.

Em resumo, a minha antipatia de base por esse tipo de música super-produzida tem que ver o facto de serem sobretudo produtos artificiais bem trabalhados, bem enlatados e bem promovidos. E com isto não estou a negar que os produtores são essenciais. Pelo contrário, acho que um grande produtor consegue pegar numa musiquinha chocha, mexer aqui e ali e transformá-la numa canção imortal.
Absoluta. Primeiro, nem o Quim nem o Variações (que tinha uma voz grandiosa) tinham a voz e a capacidade para dançar do Jackson. Estamos a falar de um miúdo que, para além de possuir um talento inato, foi torturado para chegar aonde chegou. Até é bom dares o exemplo do Variações, porque quem estava no estúdio com ele eram algumas das melhores bandas portuguesas dos anos 80.

Falas nos Beach Boys. O Brian Wilson era o homem por detrás das músicas e da produção. O Pet Sounds é uma obra-prima. Sim, recorria aos músicos de estúdio, aos primos e aos irmãos - mas a ideia, a visão, era toda dele. Toda. Os Beatles não teriam chegado aonde chegado sem existir um Brian Wilson.

Ouve as demos feitas em casa de Beat It, Billie Jean, Smooth Criminal, etc., e verás, independentemente de achares que são músicas de jeito ou não, que a base, a visão, a estrutura das músicas já estava pré-definida pelo Jackson. Incomparável com a Madonna, cujo grande mérito é ser uma businesswoman espetacular, com uma visão de negócio ímpar, não propriamente um enorme talento.

Cada integrante da equipa do Quincy, sem prejuízo daquelas canções que foram escritas / feitas por algum deles (Thriller, Rock With You, por exemplo), pegava na visão do Jackson e fazia, dentro do seu nicho, que a canção soasse o melhor possível. Atenção: sempre sob a direção do Jackson e do Quincy. Não sabendo tocar qualquer instrumento, conseguia, através da sua voz e de barulhos com a boca (beatbox, p.e.), transmitir aos instrumentalistas o que deveriam tocar. Esse testemunho foi dado por vários dos que trabalharam com ele. O engenheiro de som do Quincy e do Jackson, o Bruce Swedien, tem um excelente livro a esse respeito, chamado "In the Studio with Michael Jackson".

Quanto ao exemplo que tinhas dado sobre o Prince, esse é mesmo o último degrau, porque o Prince era um control freak, tocava todos os instrumentos, fazia todos os arranjos, compunha e produzia todas as canções. Estava a cagar-se para o facto de ser comercial ou não - foi precisamente essa irreverência que o levou a ter problemas com a Warner nos anos 90, e a deixar de usar o nome Prince, passando a manifestar-se como um símbolo.
 

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Falaste aí de duas cantoras pop modernas que nem sequer são a nível de talento cru do mesmo nível, uma é imensamente mais talentosa do que a outra goste-se ou não. Embora até saibam ambas tocar instrumentos.


Epa a Kate Bush era tudo, além de um doce. Pena eu nos 80's ser um puto ranhoso.:LOL:

Mas toda a música é manufaturada, toda a que é profissional. Há sempre um thought process por trás.
A única que não é é mesmo se for uma atuação impromptu de uns gajos e seus amigos, ou uns tipos da tribo a tocar tambores.
Sim, a Gaga é multinstrumentalista, canta, compõe e produz as próprias canções. Tem colaboradores (como todos), mas tem um maior controlo do que a Swift, que julgo depender muito mais do Jack Antonoff. Sem contar com a habilidade em palco - a Gaga dançava impecavelmente e cantava ao vivo, hoje em dia já não sei.
 
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