É verdade que se tratam de estimativas, e o Visegrad24, com a sua visão tendenciosa para a direita e para o nacionalismo europeu (seja lá o que isso signifique), a sua falta de transparência que não tem qualquer problema em divulgar informação não verificada ou até mesmo falsa, tende a exagerar os números.
Ainda assim, não me surpreenderia se os valores reais não fossem assim tão diferentes. Por exemplo, numa cidade com 25,5% de população muçulmana, é possível que cerca de 40% das crianças em idade escolar sejam muçulmanas, devido à estrutura etária dos imigrantes que chegaram a Bruxelas, entre outros fatores.
O que os números não mostram, porém, é quantos desses muçulmanos são praticantes (lá está, estimativas indicam que menos de 50% dos muçulmanos que vivem na europa se consideram como muçulmanos praticantes) e, mais importante do que isso, quantos é que incorporam no dia a dia da sociedade o seu estilo de vida, impondo, de alguma forma, o islamismo ao restante da população e se isso de facto, se transforma, num problema.
Um exemplo: se considerarmos que a Hungria é o país da Europa onde pessoas LGBTI têm menos direitos, é provavelmente também o país com menor número de muçulmanos — o que sugere que o nível de direitos das minorias não está necessariamente ligado à presença de muçulmanos, mas sim a outros fatores culturais e políticos.