Mais do que a cegueira seletiva do instante, a falta cometida pelo lagarto revela o problema de fundo: ele sabe que pode fazer a falta daquela maneira, que tem toda a impunidade do mundo e mesmo instruções superiores para o fazer, porque tudo é combinado fora do campo. Nenhum jogador conhecedor das leis do jogo sai daquele empurrão ostensivo ao adversário sem a mínima dúvida de que a falta não será assinalada, como comprova a linguagem corporal do lagarto, que não hesitou um instante em lançar imediatamente o ataque para o golo do empate. Eles sabem que podem neutralizar os adversários aos empurrões e que nada nunca lhes sucederá. É isto há pelo menos quatro anos e toda a gente - incluindo do NGC - acha que deve aceitar tudo com muita bonomia.