Não me revejo no tipo de predisposição dos jornalistas que entrevistam o líder do partido de extrema direita representado no parlamento, tal como aquela adoptada há pouco pelo pivot da SIC Notícias. Têm que manter a postura mais isenta possível, por mais barbaridades que possam estar a ouvir, sob pena de fortalecerem a vitimização que colherá os seus frutos. Ao ódio, à baixeza, à violência e ao desrespeito da extrema direita temos que responder com elevação, respeito e cordialidade. Não é fácil, mas é o melhor caminho para não se fortalecerem determinadas narrativas que caem no goto dos incautos, dos violentos ou dos que ainda estão em fase de crescimento, de rebeldia.