Acho que há vários factores a pesar.
Antes de mais, temos de vender. O Diogo parece cada vez mais difícil. O Samu está em alta. O Mora é o único dos três que sendo vendido ainda ficaria no clube, fazendo com que na prática não o perdêssemos este ano e não tivessemos de ir buscar um substituto. Na ideia do rendimento desportivo imediato o Mora seria a escolha óbvia.
Por outro lado, a não ser que alguém assuma a cláusula do Mora, o valor a receber por ele daqui a um ano será superior ao que receberiamos agora pois para já os clubes apenas pagariam pelo potencial. O Samu acredito que se continuar a marcar em Barcelos e com o Casa Pia - o Sporting já é demasiado em cima do fecho do mercado - vai estar perto do pico. Quer porque as equipas vão entender estar a pagar tanto rendimento imediato como rendimento potencial. Na ideia do rendimento financeiro - a médio prazo - a opção deveria ser o Samu, por muito que depois ainda tivessemos de ir buscar substituto.
Por mim, se alguém pagar a cláusula do Mora não podemos fazer muito. Mas fora isso, com uma oferta hipervalorizada na ordem dos +80M, não se pode dizer que não à venda do Samu. Tem é de ser mesmo irrecusável e o jogador tem de ficar agradado com a mesma, porque como as coisas estão os adeptos não vão entender a sua venda se não for nestes termos.
Temos mesmo de vender? E temos mesmo de vender já nesta janela?
Eu vejo o clube a antecipar a compra de passe de jogadores, a amortizar créditos...são sinais que indicam que o clube não está "à rasca". Bem sei que, em termos de exercício financeiro anual, precisamos de vender, mas não precisa de ser já. Podemos vender já depois do final da época mas antes do fim do exercício financeiro 25/26.
O AVB está comprometido com o regresso às vitórias. Ele percebeu bem, e da pior maneira, o desastre desportivo que é vender de jogadores nucleares nos últimos dias do mercado. Vai fazer tudo para evitar que a equipa perca referências importantes já com a época em andamento. O Samu é novo, está super motivado, tem um longo contrato e não há razões para acreditar que, não sendo vendido este ano, não voltem a aparecer propostas de grande valor por ele. Não só seria uma grande perda pela sua qualidade individual como pelo facto de criar instabilidade numa grupo que hoje parece muito motivado, blindado e coeso.
Se for mesmo necessário vender para fazer face a despesas de curto-prazo, ainda temos alguns excedentários para colocar: Namaso (8M), Ivan Jaime (6M), Grujic (3M), Franco, Fábio Cardoso, Baro. Podemos conseguir 15 a 20M com eles, fora a poupança nos salários - o Grujic é dos mais bem pagos do plantel. Podemos eventualmente ainda contratar, por empréstimo com opção de compra a acionar na próxima época ou a custo zero, um lateral-esquerdo e um trinco.