O meu principal problema com as bandas dos anos 60 (exceptuando os Velvet e às vezes o Zappa) é que tu ouves aquilo e dizes: olha, música dos anos 60.
Boa ou má, aos meus ouvidos soa sempre datada. As harmonias, os baixos, até a forma de cantar, tudo nos diz: anos 60 escarrados. Os únicos que não soam a anos 60 são os Velvet, que em muitas canções parecem uma banda de 1979. Tudo bem pesado, se calhar os Velvet, o Zappa e até os Grateful Dead foram muito mais influentes do que os Beatles.
Os anos 60, se permitem entrar no debate, têm imensos tesouros. É incrível pensar, por exemplo, que uma Little Wing do Jimi Hendrix tem praticamente 60 anos. Aliás, é incrível pensar que o material dele já conta tantos anos. Nada datado. Sou suspeito porque sou fã, mas o Jimi Hendrix tinha mais eletricidade que Portugal e Espanha juntos no pré-apagão.
Mas havia tanta coisa boa a surgir (bem melhor que Beatles, na minha opinião): Cream, Creedence Clearwater Revival, Ten Years After, The Doors, Free, Led Zeppelin... etc.
Relativamente ao pop, estilo do qual não sou particularmente aficionado, nada bate as melodias dos Mamas and the Papas
