Acho que dizer que a minha visão sobre o estado financeiro do clube “é porque sim” é um bocado injusto.
Mas vamos lá começar pelos teus argumentos:
“O clube estava na falência. O clube tinha dezenas de processos em tribunal por dívidas. O clube tinha salários e prémios em atraso. O clube não tinha dinheiro para fazer face às suas obrigações com fornecedores, bancos, funcionários, etc. O clube estava na falência. E se continuasse com o mesmo tipo de gestão dos últimos anos, era uma questão de tempo até o clube ter que vender a SAD ou transformar-se num Aves da vida.”
Primeiro de tudo: a SAD tinha muitas dívidas atrasadas no seu passivo. Ou dito de outra forma muito passivo em dívida, em atraso. Isso é verdade.
Tinha pagamentos em atraso com fornecedores, funcionários. Com bancos não porque quase não temos dívida bancária e a pouca que temos é paga.
Não me lembro de “dezenas” de processos mas houve os suficientes. A história desses processos é pouco relevante. As pessoas estavam no seu direito.
Salários e prémios em atraso também verdade.
Isso tudo que dizes com algumas correções é verdade.
Mas depois saltas para o clube estava em falência. Ora nada do que descreves quer dizer falência. Nenhuma empresa na história das empresas faliu pela descrição que fazes.
Era como eu dizer o paciente tem uma dor crónica no ombro e o paciente não consegue andar sem coxear. O paciente está morto.
O paciente neste caso estava sim a ser mal gerido financeiramente sobretudo na parte de gestão de ativos (terrível) mas também é um paciente que está dependente um modelo de negócio que não tem receitas lineares.
Por isso é normal que quando estás mal andes a negociar com os credores prazos de dívida e pagamentos.
Não é o ideal mas não estás falido.
Aliás mais ou menos sempre foi uma situação que aconteceu ao longo de toda a história que conheço do FC Porto. Às vezes pior, às vezes melhor mas sempre presente.
Falido era se os teus credores e outros stakeholders achassem que os teus activos e a tua continuidade operacional estava em risco.
Isso nunca aconteceu.
Podemos analisar a qualidade da gestão financeira mas falar de falência não faz sentido.
Nota que a nova direção do FCP tirando os 250,000 que meteu o AVB (sem desprimor) está a resolver os problemas do FCP com ativos deixados pela anterior direção. Dito de forma mais correcta está a resolver o passivo deixado pela última direção com ativos deixados pela última direção.
Isso não tira valor nenhum ao trabalho que está a ser feito que é bem bom. Sobretudo a Dragon Notes. Mas a resolução do problema baseia-se em vender jogadores que estavam lá, em monetizar (leia-se criar passivo) receitas que estavam lá e um bocado de redução de custos (hopefully).
Se a empresa estivesse à beira da falência como dizes isto seria impossível.
Like.
Esta conversa é uma perda de tempo, numa secção com tanta coisa para discutir, estamos a falar do capitão de equipa, capitão da Seleção...