Em qualquer das respostas, crias superioridade numérica nessa zona.
Tu estás à espera de uma resposta do género "ele tem 30 metros para correr ali". Isso não existia.
Se subisse no terreno, mudança mais natural, ficávamos 3-2 no corredor central. Sendo que um deles tem de cair sobre o portador, libertas um médio que fica 2 para 2 (com Samu, contra os centrais), que tem sido a nossa forma favorita de criar desequilíbrio esta época.
O 6 na nossa construção serve essencialmente para dar uma linha de passe limpa quando a bola entra no lateral, recebendo já de frente para o jogo, ao contrário do que acontece quando participa nas triangulações com os centrais. Foi esse momento que nos faltou em todo o jogo. O espaço que ele tem de procurar é exatamente esse, para lá da linha dos avançados, em que tenha o espaço suficiente para receber, de frente para os colegas e com a sua presença, forçar o adversário a libertar um deles.
Eles ao defenderem com 2, cobriram não só os passes verticais do Kiwior, como, ao entrar a bola nos laterais, prendiam o 6 que deveria abrir essa linha. Queiras ou não, taticamente, o mouro acabado esteve melhor.