A parte que me incomoda foi ter sido feito num jogo em que nem há nenhum caso grave em questão...
O "caso grave" deste jogo foi a demonstração clara e óbvia da dualidade de critérios de um árbitro que, em campo, decide consoante as camisolas.
Mas sim, isso tem sido uma das coisas que nos apontam neste momento. Outras coisas que nos apontam:
- Dizerem que muitos adeptos não devem “compactuar” com esta decisão da direção. Isto é, tentam virar-nos uns contra os outros.
- Fazerem questão de lembrar que qualquer crítica atual nos arrasta de volta a “todos os comportamentos duvidosos do clube nas últimas décadas”, como se qualer tipo de passado pudesse anular a legitimidade de qualquer comentário presente.
- Realçarem a "decepção" que é o AVB depois de acharem que ia ser uma lufada de ar fresco.
- Afirmarem que se queremos o bem-estar do futebol português, temos de “comportar-nos bem”, porque, aparentemente, críticas veementes e apontar falhas são incompatíveis com conversas produtivas.
- Dizerem que em termos jurídicos não vai acontecer nada - não dizem que é porque não há bases, dão a entender que isso se vai dever ao historial por cá de que "nunca acontece nada" - e realçarem o lado ético da coisa. Agora é a ética que importa. Nos vouchers e no caralho que os foda a ética ia para o lixo e o que interessava era o lado jurídico.
O tom quase geral de condescendência cheira mal. Em resumo: queixar-mo-nos de uma arbitragem é um crime, ignorar decisões inconsistentes é que é elegante.
Não tenho problema nenhum que tenhamos de ir para a lama para reclamarmos o tratamento que merecemos. É que se formos para a lama e para o vale tudo há gente com muito mais problemas escondidos do que nós.