Ora bem, para algumas pessoas, as novas imagens agora divulgadas pelo 5LB passam a ser suficientes para concluir que, afinal, o árbitro decidiu bem e que a questão fica resolvida.
No entanto, este raciocínio assenta num critério que não é consistente. A decisão do árbitro foi tomada com base nas repetições a que todos tivemos acesso no momento, e não com base em imagens que não faziam parte do enquadramento do VAR.
A incoerência torna-se evidente quando se compara esta situação com o caso do penalty sobre o Gül: apesar de o FCP ter divulgado imagens que demonstravam claramente que se tratava de penalty, a decisão do árbitro continuou a ser aceite precisamente porque ele não teve acesso a essas imagens no momento da decisão.
Ou seja, num caso desvaloriza-se a ausência de imagens disponíveis ao árbitro para validar retroativamente a decisão; no outro, essa mesma ausência é usada como justificação para a manter. Trata-se, portanto, de um critério de análise que varia conforme a conveniência, e não de uma avaliação coerente das decisões do árbitro.