Os adeptos não podiam chegar perto do tribunal ainda assim alguns acompanharam bem de perto a chegada dos principais interveniente do julgamento. No terceiro dia, o presidente do FC ...
desporto.sapo.pt
"Estão todos a mentir!"
João Silva não hesitou em partilhar a sua versão dos acontecimentos, em declarações ao SAPO desporto. "Eu estava lá. Vi tudo. Vi pessoas a serem agredidas, vi os Super Dragões a mandarem gente embora, e vi seguranças a deixarem entrar pessoas que nem sequer eram sócias do clube. Estão todos a mentir ali dentro!", afirmou, apontando para o tribunal.
A sua revolta ecoou entre os presentes. "Isto não é justiça. Isto é uma farsa. Quem devia estar a ser julgado são os que permitiram que aquela noite se transformasse num caos", desabafou outro adepto.
João Silva recordou um episódio que testemunhou naquela noite e que contradiz a versão apresentada pela maioria dos arguidos. "Estive horas na fila para a acreditação. A fila ia até ao final do viaduto que antecede a entrada para o P1. Vi um homem a furar a fila. Quando as pessoas começaram a reclamar, um dos Super Dragões aproximou-se, perguntou-lhe pelo cartão de sócio, ele disse que não tinha, e ainda assim recebeu uma pulseira para entrar. Quando a indignação cresceu, a resposta foi clara: ameaças físicas a quem ousasse contestar."
No interior do pavilhão, o cenário descrito foi ainda mais grave. "Os seguranças abriram a porta para um grupo de cerca de 30 pessoas. Nenhuma delas tinha pulseira, nem lhes pediram o cartão de sócio. Sabe porquê? Não eram sócios! E entraram… alguns até andaram a ameaçar e a coagir quem estava ali por direito", relatou.
Indignado, concluiu: "É inacreditável como conseguem dizer que não fizeram nada. É gozar com a cara de todos – da juíza e de quem passou por este terror."
Enquanto os depoimentos decorriam, do lado de fora do tribunal a revolta mantinha-se viva. Barreiras policiais separavam os presentes do edifício, mas o sentimento de indignação era evidente. "Isto é só a ponta do icebergue", comentou uma mulher que preferiu manter o anonimato. "O clube está a ser manchado por uns quantos que acham que estão acima da lei."