Enquanto treinador, tem sido para si um desafio tirar estas arbitragens da mente dos jogadores?
Faroli:
"Não quero falar muito mais disso, mas... Se for para casa e colocar a televisão em qualquer canal, há dois ou três programas que falam maioritariamente sobre arbitragem. Abrimos um jornal e há várias páginas sobre casos de arbitragem, com comentários questionáveis e análises questionáveis. Páginas e páginas. E às vezes é difícil. Enquanto estrangeiro, alguém que acabou de chegar... A quantidade de horas, vídeos e palavras que são escritas sobre esses casos é surreal. E venho de um país como Itália onde isto é um tema importante todos os dias, bem como na Turquia. Mas aqui é um nível completamente diferente. Acho importante mostrar aos responsáveis que é preciso acalmar as coisas. E aí chega a altura de alguns de nós, vocês, recuarem e voltarem a falar do jogo. Portugal é um país que produz talento para toda a Europa, um país que é uma referência em todo o mundo. A Seleção vai competir para tentar vencer o Mundial... Acho que seria bom falar da qualidade dos treinadores portugueses, do campeonato e dos jogadores. Acho que estes deveriam ser os temas de toda a gente envolvida na indústria do futebol português. O primeiro passo tem de vir dos responsáveis por tudo isso, e nós depois temos de seguir essa filosofia."