Concordo com tudo mas comentando isto
Já jogas com 4 jogadores no meio campo porque tens os 2 médios e depois temos jogado com 2 "atacantes" que sendo Mora, Pepê ou Fábio só pensam o jogo como médios, não avançados
Agora, se eles não sabem passar uma bola, receber sobre pressão, girar sobre um adversário
Isso não é problema do treinador que está a trabalhar com profissionais a receber milhões
Se não sabem, têm que ir embora
Certo.
Mas não sendo possível agarrar nos 20 e tal jogadores e mandá-los embora e ir buscar mais 20 e tal jogadores, há que pensar que todos estes 20 e tal jogadores são futebolistas profissionais e não fazem mais nada das suas vidas do que aquilo que sempre sonharam fazer e ainda são, em comparação com o comum do cidadão, principescamente pagos para isso (eles vivem o sonho de milhares de nós!!!!).
Dito isto... têm que perceber que terão que mudar a sua visão de vida no jogo. E se para mudar essa visão de jogo tivessem que treinar 8 horas por dia, treinariam 8 horas por dia!
Por cada passe errado, decisão mal tomada, no treino a seguir seriam 200 flexões! e horas de prancha ou outro tipo de exercício que aumentasse a capacidade física do marmanjo (que bem precisam).
Não acredito que estes jogadores não percebam que melhorariam imenso aumentando a velocidade de decisão, a qualidade de passe, a finalização, etc.
Nesta altura da vida de alguns deles, se calhar, melhorar os aspectos técnicos do jogo, e por aspectos técnicos, estou-me a referir ao controlo de bola, qualidade de passe, qualidade de remate... é algo muito difícil (aplicando a máxima "Burro velho não aprende línguas").
Mas ver a qualidade de passe (falta dela) do Pêpe, a forma como o Franco (invariavelmente) se esconde atrás do adversário no momento de construção, a dificuldade do Fábio em construir com qualidade, mas principalmente com rapidez, até há bem pouco tempo a qualidade de definição do Galeno que desesperava qualquer adepto, as dificuldades de definição do Namaso, a incapacidade do Borges em simplificar o seu jogo (custa muito sentar o Borges numa sala e mostrar-lhe um video onde se demonstre que, quando simplificou foi mais perigoso do que quando "biciclou" a bola ou tentou o malabarismo "x" com a bola?).
Mais isto sou eu a sonhar.
Só para terminar a questão do nosso treinador e a sua necessidade de mudar. Na minha vida já passei por uma situação semelhante. Em miúdo estive no ensino artístico. Eram 3 anos (ensino secundário) e no último tinha de prestar provas. Estive o 10 e 11 a preparar um programa para a prova do último ano (12.º). No 12 tive que mudar de Professor, cuja decisão foi mudar-me o programa TODO! Resultado, não consegui fazer o exame final no 12 e tive que voltar a propor-me a exame no ano a seguir.
O que aprendi:
Nem sempre devemos fazer tábua rasa do trabalho anterior. Tenho usado essa filosofia na minha vida profissional e hoje na minha área de atuação estou no topo da carreira, sendo dos mais novos a conseguir aqui chegar.
Acho que o nosso treinador está a falhar na montagem do sistema de jogo, por duas questões:
i. não tem jogadores para jogar desta forma;
ii. se quer jogar desta forma com estes jogadores, deve existir uma abordagem/filosofia diferente dos nossos jogadores.