Vítor Bruno em entrevista/antevisão da Supertaça à RTP:
Nervoso miudinho ou o cumprir de um sonho?
«Pode dizer-se que é um bocadinho o cruzamento das duas variantes que acabou de falar. Sabemos também da responsabilidade que é o jogo desta natureza, o que representa. Estamos a falar de um título, um título que, contra o rival que vamos encontrar, nunca conseguimos vencer. E esse também é um modo que pode eventualmente orientar-nos para o jogo de sábado. Um sonho não é que seja um sonho, porque isto não foi nada programado, aconteceu porque tinha de acontecer de forma natural. E agora é tentar retribuir ao máximo a confiança que depositaram em mim, em nós, equipa técnica, e tentar devolver da mesma forma e a coragem que tiveram quando apostaram em mim, tentar devolvê-la, porque os sócios, os adeptos, os simpatizantes merecem que esta casa tenha gente a entregar o seu trabalho a fundo.»
-- Foi uma dificuldade acrescida o facto de ter ficado com os internacionais quase tão próximos da data deste jogo da supertaça?
«Sim, é sempre um acréscimo de dificuldade. Sabemos da qualidade que eles podem aportar e fazendo emergir aquilo que são as mais-valias do clube, obviamente que isso, depois, pode ter transfer para aquilo que é o nosso desempenho no sábado. Vamos ver até sábado como é que eles vão estar. Há métricas que nos deixam um bocadinho desconfiados em relação à utilização plena dos internacionais. Poderá não ser a tempo inteiro, um ou outro pode estar preparado, outros se calhar menos capazes de dar resposta face à intensidade a que o jogo vai ser feito. Vamos ver, até sábado temos decisões para tomar, ainda temos decisões para treinar amanhã. Também no sábado de manhã, até lá é tempo de tomar decisões, maturar bem aquilo que é o melhor para a equipa. E então ver quem está melhor, mais apto para poder responder num jogo de grau de dificuldade muito alto.»
-- O facto de ter esta casa agora à disposição e o facto de o ter usado tantas vezes nesta pré-temporada, quer dizer que a pré-temporada vai apostar nesse ouro agora no jogo da Supertaça?
«Vamos ver, o ouro da casa foi uma expressão atribuída também à rapaziada nova que vem de baixo, mas para mim aqui todos acabam por ser ouro da casa, quem está em procedente. Eu percebo a pergunta, percebo também o alcance da pergunta, os miúdos têm muita qualidade, a verdade é essa. Depois de lançado um desafio, eles têm comprado a ideia que tem sido lançada para eles, eles têm olhado também para ela como uma forma de poder acrescentar valor àquilo que é a curta carreira que eles têm. Agora perceber que ainda estão numa fase muito tenra da idade, que têm que construir o seu caminho, têm que maturar muito aquilo que é a sua evolução, o seu caráter, a sua personalidade. Perceberem que raízes é que têm que ganhar para poderem estar aptos a responder a um nível de exigência tão alto como este. Eu penso que de degrau a degrau, passo a passo, eles estão a construir esse caminho. Agora é preciso também ter algum cuidado na forma como eles são lançados. Não que eu tenha receio de lançar porque se estiverem preparados eles vão, e alguns deles podem estar realmente presentes no onze inicial, alguns a vir de fora, a aportar qualidade no decorrer do jogo. Eles estão preparados para isso porque o nível de exigência também aqui diário é grande e eles vão estar preparados»
-- Olhando ao que o FC Porto fez na Taça de Portugal frente a este Sporting, poderá usar a mesma fórmula?
«Poderá. Poderá. Essa ou outra. Nós temos vários caminhos. O Sporting tem nuances muito bem trabalhadas e tem vindo num processo evolutivo. E percebe-se que a capacidade também de quem está ao comando técnico do Sporting consegue sempre aportar algo mais de ano para ano. Está com dinâmicas novas, tem formas de abordar diferentes, a defender, a atacar. Nós estamos preparados e antecipamos vários cenários que podemos encontrar. Nós vamos ter que nos adaptar. Em determinados momentos, se calhar, ir buscar nuances do passado, outras mais do presente. Cruzar um bocadinho aquilo que é o melhor para poder atacar o jogo, a atacar e defender, mas sempre com o objetivo de ferir o adversário, quando estivermos a atacar, e guardarmos aquilo que tem de ser o nosso cofre quando estivemos a defender.»
-- E defensivamente, este Sporting sem Coates, agora com outro tipo de jogadores, é um Sporting diferente a partir também da linha defensiva? Falou dessas nuances, uma vez joga com linha 3, outras vezes linha de quatro.
«Sim, linha de 5, linha de 4, a defender. Sim, são nuances. Ficam expostos mais de uma forma, ficam mais seguros de outra. O Rúben entende que essa é uma forma também de poder potenciar aqueles que têm a disposição. Com o Quenda, se calhar, faz mais sentido até defender a 4, que é um ala puro, tem muita capacidade de projetar, tem um contra um muito forte. Não sei se vai jogar ou não, o Ruben saberá melhor do que nós aquilo que tem previsto e tem planeado para jogo. Nós estamos preparados para as duas realidades. Jogar a 5, jogar a 4, como é que podemos entrar, como é que devemos entrar, por que caminhos é que devemos ir. Percebendo também que aquilo faz parte daquilo que é o nosso trabalho diário. E tentar que os jogadores percebam que é preciso adaptarem-se isso também ao momento, porque nem todas as variáveis nós conseguimos controlar em treino. E dar-lhes também caminho aberto e não castrando-lhes demasiado aquilo que é a programação que eles têm que ter para jogo, para poderem ter capacidade e flexibilidade para se poderem adaptar no momento em que tiverem que atuar e se comportar. Isso é a nossa base de trabalho diário. Guardar um bocadinho mais aquilo que são as estruturas mais fechadas, fora daquilo que é o nosso contexto diário. Abrir um bocadinho mais o leque, dar-lhes um bocadinho mais de abertura de poderem, com estruturas adaptadas e flexíveis, poderem adequar perante o cenário que vão encontrar. Essa é a nossa leitura e para nós aquilo que faz mais sentido.»
-- Semelhanças e diferenças entre este FC Porto desta época e das outras épocas?
«Isso terão de ser vocês a responder. Não posso ser eu… Percebo a pertinência da pergunta. Eu percebo também a tentativa e a tentação de poder olhar para um lado mais comparativo. Eu pedia-vos que fossem mais para o lado da análise e menos para o da comparação.»
Nervoso miudinho ou o cumprir de um sonho?
«Pode dizer-se que é um bocadinho o cruzamento das duas variantes que acabou de falar. Sabemos também da responsabilidade que é o jogo desta natureza, o que representa. Estamos a falar de um título, um título que, contra o rival que vamos encontrar, nunca conseguimos vencer. E esse também é um modo que pode eventualmente orientar-nos para o jogo de sábado. Um sonho não é que seja um sonho, porque isto não foi nada programado, aconteceu porque tinha de acontecer de forma natural. E agora é tentar retribuir ao máximo a confiança que depositaram em mim, em nós, equipa técnica, e tentar devolver da mesma forma e a coragem que tiveram quando apostaram em mim, tentar devolvê-la, porque os sócios, os adeptos, os simpatizantes merecem que esta casa tenha gente a entregar o seu trabalho a fundo.»
-- Foi uma dificuldade acrescida o facto de ter ficado com os internacionais quase tão próximos da data deste jogo da supertaça?
«Sim, é sempre um acréscimo de dificuldade. Sabemos da qualidade que eles podem aportar e fazendo emergir aquilo que são as mais-valias do clube, obviamente que isso, depois, pode ter transfer para aquilo que é o nosso desempenho no sábado. Vamos ver até sábado como é que eles vão estar. Há métricas que nos deixam um bocadinho desconfiados em relação à utilização plena dos internacionais. Poderá não ser a tempo inteiro, um ou outro pode estar preparado, outros se calhar menos capazes de dar resposta face à intensidade a que o jogo vai ser feito. Vamos ver, até sábado temos decisões para tomar, ainda temos decisões para treinar amanhã. Também no sábado de manhã, até lá é tempo de tomar decisões, maturar bem aquilo que é o melhor para a equipa. E então ver quem está melhor, mais apto para poder responder num jogo de grau de dificuldade muito alto.»
-- O facto de ter esta casa agora à disposição e o facto de o ter usado tantas vezes nesta pré-temporada, quer dizer que a pré-temporada vai apostar nesse ouro agora no jogo da Supertaça?
«Vamos ver, o ouro da casa foi uma expressão atribuída também à rapaziada nova que vem de baixo, mas para mim aqui todos acabam por ser ouro da casa, quem está em procedente. Eu percebo a pergunta, percebo também o alcance da pergunta, os miúdos têm muita qualidade, a verdade é essa. Depois de lançado um desafio, eles têm comprado a ideia que tem sido lançada para eles, eles têm olhado também para ela como uma forma de poder acrescentar valor àquilo que é a curta carreira que eles têm. Agora perceber que ainda estão numa fase muito tenra da idade, que têm que construir o seu caminho, têm que maturar muito aquilo que é a sua evolução, o seu caráter, a sua personalidade. Perceberem que raízes é que têm que ganhar para poderem estar aptos a responder a um nível de exigência tão alto como este. Eu penso que de degrau a degrau, passo a passo, eles estão a construir esse caminho. Agora é preciso também ter algum cuidado na forma como eles são lançados. Não que eu tenha receio de lançar porque se estiverem preparados eles vão, e alguns deles podem estar realmente presentes no onze inicial, alguns a vir de fora, a aportar qualidade no decorrer do jogo. Eles estão preparados para isso porque o nível de exigência também aqui diário é grande e eles vão estar preparados»
-- Olhando ao que o FC Porto fez na Taça de Portugal frente a este Sporting, poderá usar a mesma fórmula?
«Poderá. Poderá. Essa ou outra. Nós temos vários caminhos. O Sporting tem nuances muito bem trabalhadas e tem vindo num processo evolutivo. E percebe-se que a capacidade também de quem está ao comando técnico do Sporting consegue sempre aportar algo mais de ano para ano. Está com dinâmicas novas, tem formas de abordar diferentes, a defender, a atacar. Nós estamos preparados e antecipamos vários cenários que podemos encontrar. Nós vamos ter que nos adaptar. Em determinados momentos, se calhar, ir buscar nuances do passado, outras mais do presente. Cruzar um bocadinho aquilo que é o melhor para poder atacar o jogo, a atacar e defender, mas sempre com o objetivo de ferir o adversário, quando estivermos a atacar, e guardarmos aquilo que tem de ser o nosso cofre quando estivemos a defender.»
-- E defensivamente, este Sporting sem Coates, agora com outro tipo de jogadores, é um Sporting diferente a partir também da linha defensiva? Falou dessas nuances, uma vez joga com linha 3, outras vezes linha de quatro.
«Sim, linha de 5, linha de 4, a defender. Sim, são nuances. Ficam expostos mais de uma forma, ficam mais seguros de outra. O Rúben entende que essa é uma forma também de poder potenciar aqueles que têm a disposição. Com o Quenda, se calhar, faz mais sentido até defender a 4, que é um ala puro, tem muita capacidade de projetar, tem um contra um muito forte. Não sei se vai jogar ou não, o Ruben saberá melhor do que nós aquilo que tem previsto e tem planeado para jogo. Nós estamos preparados para as duas realidades. Jogar a 5, jogar a 4, como é que podemos entrar, como é que devemos entrar, por que caminhos é que devemos ir. Percebendo também que aquilo faz parte daquilo que é o nosso trabalho diário. E tentar que os jogadores percebam que é preciso adaptarem-se isso também ao momento, porque nem todas as variáveis nós conseguimos controlar em treino. E dar-lhes também caminho aberto e não castrando-lhes demasiado aquilo que é a programação que eles têm que ter para jogo, para poderem ter capacidade e flexibilidade para se poderem adaptar no momento em que tiverem que atuar e se comportar. Isso é a nossa base de trabalho diário. Guardar um bocadinho mais aquilo que são as estruturas mais fechadas, fora daquilo que é o nosso contexto diário. Abrir um bocadinho mais o leque, dar-lhes um bocadinho mais de abertura de poderem, com estruturas adaptadas e flexíveis, poderem adequar perante o cenário que vão encontrar. Essa é a nossa leitura e para nós aquilo que faz mais sentido.»
-- Semelhanças e diferenças entre este FC Porto desta época e das outras épocas?
«Isso terão de ser vocês a responder. Não posso ser eu… Percebo a pertinência da pergunta. Eu percebo também a tentativa e a tentação de poder olhar para um lado mais comparativo. Eu pedia-vos que fossem mais para o lado da análise e menos para o da comparação.»