A realidade: "É importante conhecer esta realidade e esclarecer algumas das questões antes de avançar com um plano concreto de reestruturação. Numa primeira avaliação parece que existem muitas oportunidades de melhoraria de rentabilidade sem comprometer em nada a qualidade e investimento da equipa. Como tal as linhas estratégicas do programa vão passar por um modelo operacional muito mais rigoroso, mais leve, com forte disciplina financeira e orçamental. Terá de passar pelo controlo e racionalização de custos, identificando com os principais parceiros e fornecedores todas as oportunidades de renegociação de contratos das dívidas. Passará também por uma transformação digital do clube que permita uma interação mais simples com os sócios e também dos processos. De forma a otimizar o cash flow, temos de lançar iniciativas que potenciem o aumento das receitas operacionais e da marca FC Porto. Temos algumas ideias concretas sobre isso. Sabemos que é possível fazer melhor na bilhética, merchandising, sponsorship e rentabilização do estádio Numa área crítica, temos de gerar resultados com a valorização dos ativos, temos de aumentar fortemente os resultados desta atividade. Isto passa por aposta grande na formação, planeamento rigoroso a curto médio e longo prazo do reforço das competência do scouting e redução dos custos de transação dos jogadores, quer na compra quer na venda. Conseguir uma atividade operacional equilibrada e positiva é fundamental para inverter a trajetória do aumento do passivo e da dívida financeira, que são críticos para garantir a sustentabilidade do clube a prazo Só assim será possível iniciar um percurso de redução da dívida e consequentemente do peso do encargos financeiros. Na dívida financeira, propomo-nos procurar restabelecer a credibilidade que o clube merece junto dos principais parceiros financeiros, diversificar fontes de financiamento, alongar maturidades para médio prazo e prazos mais longos da dívida para aliviar a tesouraria."