O JN diz:
"Embora não se conheçam os contornos exatos do acordo entre o F. C. Porto e a Legends, a parceria poderá traduzir-se numa receita imediata para a SAD portista, que será utilizada para baixar o défice da mesma. No fundo, a Legends paga ao F. C. Porto um valor global e fica com uma percentagem das receitas de exploração comercial ou dos contratos de patrocínio que venham a ser celebrados entre o clube e outras empresas/marcas nos próximos 15 anos. Uma delas poderá vir a ficar com o "naming" do Estádio do Dragão."
Posso estar enganado mas isto cheira a mais uma linha de crédito encapotada (havendo uma financeira ao barulho, a Sixth Street), onde eles adiantam já parte da receita, ficam com liberdade para explorar o espaço comercial do Estádio, fazer parcerias com marcas e criar eventos de match day ou até extra futebol (tipo concertos no Dragão no Verão) e vão recuperar o crédito através de comissões altas cobradas por essa exploração e gestão de eventos.
Pelo menos como o JN o descreve, parece uma hipoteca dos direitos de exploração do Dragão a longo prazo. Isso não é necessariamente mau, porque se realmente atrair mais público e criar mais sinergia com os adeptos, pode ajudar a criar um fluxo de receitas mais alto no futuro, mas não deixa de ser uma hipoteca. E um sinal de que estamos a precisar de liquidez para ontem (mas isso todos sabíamos).
No fundo, a Legends é uma consultora de entretenimento. Se calhar vai criar valor, acredito que melhore a experiência do adepto e até ajude o Dragão a gerar mais receitas com os tais eventos pré-jogo/pós-jogo/extra-jogo que vai criar mas devem absorver uma boa parte das receitas dos dias de jogo durante os próximos 15 anos. Para não falar no envolvimento nas negociações do naming.
Vamos esperar para ver o que vai sair daqui.