Como escrevi há bocado, o Putin pode sempre vir recrutar a Portugal.
Lá está a Finlândia também a "alimentar a escalada do conflito".Sondagem na Finlândia sobre a adesão á NATO passa de quase 22% (antes da guerra) a 62% a favor, no dia de hoje ...
Avancem lá com isso.
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Finlândia? Isso é uma região da Rússia, certo?Lá está a Finlândia também a "alimentar a escalada do conflito".![]()
Compreendo que muitos se indignem perante a recusa da condenação peremptória da Rússia (ou a dificuldade em fazê-lo). A invasão de um país soberano é um facto material, tal como toda a destruição em curso. Não há posição ética sustentável que não a da condenação de Putin. Quanto ao resto, é natural que surjam posições heterogéneas, diversos enquadramentos e ângulos da abordagem. É legítimo e recomendável, útil e construtivo. Parece-me que estamos a perder a capacidade de ouvir algo de que discordamos sem enveredar por um caminho de combate e agressividade. Poucas vezes valerá a pena, como aliás se vê neste tópico.Entendi o que dizes...mas atenção aos influenciadores que escondem agendas... Podem não ser quem pensamos e ao serviço do que estão. Livre expressão, opiniões divergentes... Isto não são umas eleições, é uma guerra... E que Oxalá não, pode chegar a nós.
Excelente artigo obrigadoIrene Flunser Pimentel, historiadora, no Público, de hoje.
Texto longo mas que vale a pena ler. Quem não quiser não leia e continue a "twittar"...
"Sou historiadora e habitualmente o meu objecto de estudo é o passado “fechado” e, por isso, não pensei em expressar-me sobre esta terrível guerra de agressão perpetrada pelo assassino Putin contra a Ucrânia. Quando tudo terminar e for passado, caberá a historiadores – de outras geração - analisar, em toda a sua complexidade o que agora está a acontecer, introduzindo as suas diversas interpretações.
Sabendo que a história não se repete, mas que certos processos históricos se repetem, veio-me a memória, nesta guerra imperialista de agressão da Ucrânia, a conquista de espaço vital pelos nazis a Leste, a ocupação pelas tropas nazis da região dos Sudetas, na então Checoslováquia, em 1938, que antecedeu a II Guerra Mundial. Por outro lado, na investigação para o meu livro Holocausto, cruzei-me com os nomes de muitas cidades ucranianas, invadidas pelas tropas nazis, onde teve aliás lugar o início do genocídio dos judeus, na segunda metade de 1941. Na então ravina de BabiYar, hoje em Kiev - hoje um memorial, ao lado da antena de comunicações destruída por um bombardeamento russo – foram assassinados, em 29 e 30 de Setembro de 1941, 33.771 judeus ucranianos, pelos nazis, com o apoio de alguns colaboracionistas ucranianos. Posteriormente viriam a ser assassinados ali mais 50.000 judeus. A maravilhosa e icónica cidade de Odessa – sim a da escadaria do Couraçado Potemkin, de S Eisenstein – foi palco de outro enorme massacre de 25.000 judeus e não-judeus ucranianos, em Outubro de 1941.
Como quase todos, tenha assistido, com total impotência à dor e ao sofrimento de ucranianos de carne e osso - seres humanos como nós, como os sírios, iraquianos, palestinianos, iemenitas, assassinados e refugiados -, aos bombardeamentos e à guerra de terra queimada de Putin. Mas não posso ficar calada, ao assistir, atónita e revoltada, a textos de pessoas que se arvoram de esquerda (aqui também no PÚBLICO, jornal que quero aliás felicitar pela forma pluralista e competente como está a cobrir a guerra). Revelam a arrogância de quem se julga incensada com uma moral superior, quando o que revelam é total falta de empatia com o próximo, e de… ética. Pessoas que defendem posições insustentáveis e insuportáveis. Haverá tempo para analisar todos os seus argumentos em profundidade, mas na urgência do 19.º dia da invasão, limito-me a apresentar alguns dos que considero mais obscenos e até infames.
No próprio dia 24 de Janeiro, início da guerra de agressão à Ucrânia, apelaram a uma paz abstracta, como se houvesse dois contendores em igualdade de circunstâncias e não se estivesse face a um agressor e a um agredido. Amantes da guerra de um dos lados esconderam-se hipocritamente por trás de um falso pacifismo.
Depois, foi o que se viu: dirigiram as baterias contra a NATO e a UE, responsabilizando-as pela invasão (!). Como era absurdo, disseram que afinal Putin também era responsável, “mas” era de direita e capitalista, até um pouco autocrata. “Mas”, "mas", "mas", adversativas apresentadas como se eles analisassem a complexidade e todos nós, sem "mas", fôssemos simplistas e ignorantes que veriam tudo a preto e branco.
Passaram também ao ataque vergonhoso contra todos os que se erguem contra a guerra de invasão de Putin. Alguns civis e militares não duvidam sobre quem é o inimigo principal: Zelenskii e os responsáveis ucranianos que, ao resistirem, eram os verdadeiros criminosos que estavam a levar os seus compatriotas para o massacre. Ah, e quem não apela à imediata rendição, é amante da guerra e estaria na realidade a gritar: “Viva la Muerte!” A esses insultos só tenho a dizer que cabe aos ucranianos, e só a eles, a decisão de resistirem ou não, de até quando o fazerem e de que forma. Limitemo-nos a desejar uma paz não abstracta, ajudando as vítimas de carne e osso, solidarizando-nos com elas, quer estejam a lutar de armas da mão, quer se refugiem com os seus filho e idosos. Pacifistas de pacotilha, que não têm uma palavra contra os invasores, não nos dizem quem na realidade está à procura da paz, da qual não são donos.
Depois, aproveitaram-se da imbecilidade de alguns, que confundem sanções com censura e cultura de cancelamento da extraordinária cultura e história russas. Imbecis há por todo o lado e fui das primeiras a rebelar-me contra aqueles que querem tirar Dostoievsky das estantes ou Tchaikovsky dos concertos. São todos iliberais, como os outros que se dizem de esquerda mas actuam contra os nossos valores democráticos e pluralistas.
Talvez o mais obsceno argumento que utilizam seja o de secundarem Putin quando diz que está a levar a cabo uma “operação militar”, para derrubar os neonazis ucranianos. Nem me refiro à xenofobia (racismo, até) por trás do argumento de que, havendo neonazis ucranianos, transformam todos os ucranianos (até os bebés) em neonazis. Insultam muitos ucranianos sobreviventes e a memória dos milhões de ucranianos, judeus (1,5 milhões) e milhões de outros, mortos na guerra de agressão nazi à então União Soviética e que combateram no Exército Vermelho.
Sei muito bem que há extrema-direita na Ucrânia (milícias que estão nas suas sete quintas nesta guerra), como há neonazis por todo o lado, na Rússia, onde até está no poder, e em Portugal. Não obrigada, nós combateremos internamente a nossa extrema-direita. E, já agora, pedimos que, como aconteceu em recentes votações no Parlamento Europeu, gente que se arvora de esquerda não vote ao lado da extrema-direita.
É assim tão difícil de compreender que se está face a uma guerra de agressão a um país soberano, a um Estado-nação que está a provar que o é? Em situação de guerra, por enquanto longínqua, mas que tudo mudou na Europa, há que escolher o campo em que se está. A minha esquerda é a dos historiadores de Francisco Bethencourt, Nuno Severiano Teixeira e Rui Bebiano, para só citar alguns que aqui ou noutros locais têm escrito contra este crime de Putin. A minha esquerda é a que agradece aos russos que diariamente se manifestam contra a guerra de agressão do ditador Putin e arriscam 15 anos de prisão (!). A minha esquerda é a dos comunistas que se ergueram contra o Pacto Germano-Soviético, em 1939, e contra a invasão de Praga pelos tanques soviéticos, em 1968.
A minha esquerda é a esquerda ocidental que apoia a esquerda dos países de Leste. É a esquerda do ucraniano Taras Bilous, que acusa o “anti-imperialismo de idiotas” de certa esquerda ocidental face à invasão da Ucrânia. A minha esquerda é a que luta contra todo o “iliberalismo”, mais frequente à direita (Orbán, na Hungria, e Buba, na Polónia), mas existente também à “esquerda”. A minha esquerda é a que diz que quem é iliberal não é de esquerda. A minha esquerda é aquela que diz, como José Pacheco Pereira, que se deve analisar todas as cores da realidade complexa, mas, que, no fim, tem de tomar uma decisão e esta é sempre a preto e branco. A minha esquerda é a que está contra a guerra criminosa da Rússia de Putin, cujas tropas, no momento que escrevo, estão a chegar a Kiev."
Apenas NO War e Russians agains war estava "normal". O resto estava em russo. Mas ficou bonito como os russos editaram depoisAquilo da jornalista russa com o cartaz é de facto uma situação muito bizarra.
Desde o início achei muito estranho ela ter o cartaz com No War escrito.
A audiência é Russa, porque raio não escreveu como todos os manifestantes em Russo?
Não faz sentido, aquilo era uma mensagem ao ocidente.
Diz-se também que aquele canal nunca passa em direto. Mas então porque não ter cortado essa parte?
Ou será que isso passou mesmo no canal 1?
Sabes ler?Sim.
É bastante provável que tenhamos sido vitimas de um ataque nuclear dos russos e ninguém tenha dado conta de nada.
Fora os que faz em Novaya ZemlyaSabes ler?
Ensaio nuclear.
Sabes quantos ensaios ocorreram durante a guerra fria?
Sabes que a russia faz ensaios nucleares debaixo do solo?
Sabes normalmente os idiotas e ignorantes além de não saberem ler, julgam que se fabricam as armas e não se testam essas mesmas armas...Aí fdx![]()
Tragam uma camisa de forças para este senhor.Sabes normalmente os idiotas e ignorantes além de não saberem ler, julgam que se fabricam as armas e não se testam essas mesmas armas...
Ou julgas que não ha ensaios nucleares?!?
Estas a ver de quando é este vídeo? Sabes quantos anos depois foi revelado?
Pois é, nao passas de um idiota a rir-se de algo que realmente acontece, ensaios nucleares.
Até Até coreia do norte faz os ensaios nucleares....
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Radiation fears after earthquakes at North Korean nuclear test site
North Korea’s underground nuclear test area has been struck by a series of small earthquakes, adding to fears that detonations have permanently altered the areawww.thetimes.co.uk
Anda muita gente enganadinha neste mundo...
Quando se fica sem argumentos é esse tipo de resposta idiota que se dá.Tragam uma camisa de forças para este senhor.
E se forem atacados, é renderem-se de imediato para não hostilizar, quem disser o contrário é a favor da guerra.Esta visita dos PM a Kiev foi uma clara provocacao e so aumenta a escalada do conflito.
Se a Russia os atacarem, e porque estao a pedi-las.
Putinistas e asssim que se faz?
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