Aí discordo.
A política externa dos EUA pouco muda, independentemente do partido no poder.
Mas houve uma óbvia orientação interna, e o Obama aí desafiou os lobbies. O Obamacare sendo o mais conhecido, tiveste também a reforma de Wall Street, o plano de transição para renováveis (revertido pelo Trump), os limites à dívida externa (novamente revertido pelo Trump), pacotes de estímulo com vista à redução das desigualdades sociais (Trump optou por um tax cut ao 1% no seu mandato) e a gratuitidade do ensino secundário nas chamadas community colleges. Neste ponto, os EUA estão 50 anos atrás da Europa, mas só com Obama viu algum avanço. Houve uma clara flexão social e fuga à política neoliberal.
Agora, a política dos EUA é um circo ainda maior que cá há um bom tempo. Obama ganhou muita relevância e apoio de minorias pela cor da pele e não pela sua política, o que não deixa de ser lamentável. E diga-se, 2009 foi a última vez em que ambos os partidos se apresentaram com candidatos "presidenciáveis", ou seja, pessoas com carisma, equilíbrio racional e currículo para ocuparem a posição. Trump, Hillary, Biden, Romney são nomes assustadores quando se fala de ser chefe-maior da maior potência militar do mundo.
