É um novo mundo.
Suíça a alinhar com a UE, Alemanha a investir a sério em aquisição e distribuição de armamento.
Parece que finalmente a Europa acordou e percebeu que não pode estar sempre dependente dos humores/vontades/interesses estratégicos dos EUA e tem que ter a sua própria defesa/segurança nas próprias mãos.
A Hungria parece que não quer deixar passar armas para a Ucrânia pelo seu território mas se não bloquear nenhuma decisão já não é mau.
A Ucrânia assinar o pedido de adesão a UE é um acto simbólico, já vários países estão há anos a negociar a entrada, mas é um passo importante.
O mundo ocidental parece estar unido, acho que Putin esperava que houvesse mais divisão dentro da própria UE e NATO, não esperava uma reação tão rápida mas mais que rápida, concertada, esperava apenas as habituais ameaças e medidas a vulso dos EUA e Reino Unido mais umas migalhas da UE.
No entanto nunca desvalorizo a frieza e calculismo que vem dali, nem as notícias, já negadas de quem está bem por dentro do assunto e conhece o terreno, etc, os números das baixas russas.
Acho que se a Ucrânia aguentar os próximos tempos até conseguir montar os recursos que vão lá ser despejados (não é propriamente montar móveis do Ikea..nalguns casos deve ser mais fácil no entanto), acho que a incógnita desta equação global toda vai ser uma: China.
Se a China der a mão a sério a Rússia, esta pode conseguir aguentar-se durante algum tempo, senão, mesmo com a preparação que fez antes de iniciar esta operação toda, com as almofadas que fez financeiramente, não tem economia para ficar isolada do resto do mundo, a médio/longo prazo.
Mas é muito bom de ver, pelo menos para já, a união que a UE parece estar a ter.
Para uma máquina burocrática que costuma ser lenta a tomar decisões, parece que está em modo TGV sem vozes dissonantes.