Fim de ciclo para Fernando Santos. Mudou a equipa várias vezes sem nunca encontrar uma fórmula adequada aos jogadores que convocou. Ressuscitou William, descartou-o, tentou incluir Bruno Fernandes, tirou-o da equipa, fez uma dupla de médios defensivos e desfê-la... e a selecção nunca jogou um futebol condizente com aquilo que poderia jogar. Poderá ser algo cruel depois desta pressão final, do cabeceamento de Dias à figura de Courtois e do remate de Guerreiro ao poste... mas hoje Portugal somente se lançou ao ataque quando a isso foi obrigado. Primeira parte perdida devido à cautela petrificante incutida na equipa, nova iteração da atitude reactiva e frouxa vista anteriormente diante da Alemanha. Ficou muito aquém.
Jota em sub-rendimento, bem a conquistar espaços mas inepto na finalização. Fernando Santos não soube encaixá-lo melhor na equipa. Bernardo Silva igual a si próprio ao longo deste europeu: inexistente. Com tantas alterações, esta seria óbvia. Outro que o seleccionador não soube aproveitar (nem aproveitar outro jogador no seu lugar). Francamente desapontante. Havia mais opções neste europeu, os recursos poderiam ter sido potenciados... mas, ao invés, evidenciaram as limitações do treinador, incapaz de lhes dar melhor uso.
Outro golo oferecido.
Para além dos golos de Ronaldo, perdido na defensiva belga, novo sinal positivo para Renato Sanches. Errático mas destemido. Antes isso que a especulação pífia da troca de bola entre os defesas. Muito chutão de Pepe para a frente, nenhuma construção de jogo com pés e cabeça. Um grande e pegado equívoco do princípio ao fim.
E Pepe, grande campeão. Se dependesse dele, carregaria a equipa aos ombros até ao título.