Não há problema ser básico e bruto desde que se seja eficiente e eficaz, nomeadamente nos jogos do campeonato. O registo de pts do Sérgio nos ultimos 3 anos revela facilmente que por mais básicas ou brutas que sejam as suas ideias, o que acho discutível, a verdade é que é eficiente e eficaz.
O Sérgio na verdade, já tem um modelo, já tem um sistema, se calhar falta só falta encontrar um onze base, tem de o por em prática, e não andar a experimentar coisas que nunca deram resultado e vão continuar a não dar.
Não há problema de facto. Eu, mesmo quando vamos num estilo que não aprecio, prefiro que se repita bem, muitas vezes, a proposta que se tem. Mas autoritariamente.
Registo de pontos, sem dúvida. Mas acho que no global tem corrido bem contra menores. Olhar o que os outros também falharam.
Para esse nosso estilo até talvez mais fácil contra maiores, com mais espaços. Mas para mim, o ponto é que não acho que seja convincente nem autoritário no que propõe. Percebe-se desde há muito a dificuldade nos jogos fora, com menos espaços. Competitivos, com nervo, físicos, 2ª bola, mas ir muito no bater longo, arrombar, demasiado aleatório, desgaste a mais, sem grande cabeça, sem critério e inaptidão para criar e abrir espaços. E muita imprecisão.
Não atacamos nem depois defendemos com segurança. Contra pequenos, vai dando. Contra medianos talvez já complique.
SC até pode adequar os perfis que se vai buscar para este estilo, ok. Mas somos instáveis em posse, erróneos no ligar. Trocar 3-4 passes, fugir na transição, definir e mesmo finalizar nunca parece oleado, limado. A fatalidade e consequência também de alguns desses perfis individuais que se quer para este estilo "bruto".
Não conseguindo (sabendo?) otimizar, mesmo dentro deste estilo, temo que vá ser sempre cada vez mais difícil.
