Ainda bem que a pandemia acabou e a sanidade voltou ao mundo e aos EUA.
Finalmente, a democracia está bem protegida. Ainda me me lembro nas aulas de história dos grandes democratas que faziam listas dos adversários políticos mal chegaram ao poder.
Nada como aquele cheirinho a liberdade e tolerância depois de umas eleições ganhas.
Não tenho qualquer problema que me acusem de ser Trumpista, como já vi por aí, até porque não corresponde à verdade, nunca apreciei o tipo e sempre o critiquei. Não sou obrigado é a pertencer a qualquer tipo de tribo, nem tão pouco sou obrigado a entrar na histeria colectiva que se apoderou deste assunto em particular. Trump nunca foi solução, Trump não é resultado da legitimação da extrema-direita, Trump é resultado da ineficácia e da incapacidade dos conservadores de centro direita e liberais de centro esquerda americanos em atrair uma subpopulação de trabalhadores que se estão pouco a lixar para questões climáticas, direitos de minorias, política externa, políticas identitárias, etc. e que apenas querem ver a sua vida melhorada. Um fenómeno que não ocorre apenas nos EUA, mas também noutras partes do mundo e já bem estudado.
Por muito que esbracejam e que façam muita questão em pertencer a qualquer uma das tribos para se sentirem boas pessoas, esquerda ou direita, bem e mal, o que quer que seja, olhar para este tipo de assuntos de forma emocional conduz qualquer um na direcção errada. Não existem só maluquinhos perigosos na extrema-direita, existem também do outro lado do espectro, e o perigo não vem só de maluquinhos que ameaçam fisicamente e que vão para a rua armados à espera da oportunidade para semear o caos, vem também de ideias patogénicas que se criam e se replicam na mente das pessoas como se de um vírus se tratasse.