Desde logo, da pandemia?...então de quem é a culpa?
Desde logo, da pandemia?...então de quem é a culpa?
Desde logo, da pandemia?...
Não, não somos todos responsáveis.Somos todos responsáveis. Somos todos humanos e habitantes do mesmo planeta. Fronteiras, divisões, hierarquias são ilusões criadas pelo ser humano, e o vírus prova isto... não escolhe nem privilegia.
Não serve para nada apontar dedos, mas é necessário ter noção que a minha acção vai afectar os outros. Ter empatia e sensibilidade para com o outro.
Uma curta visita por certos hospitais também pode ser bastante elucidativa.
Tem que ser de alguém? Tenho que dizer que em Portugal isto está com 4000 casos porque o Governo devia ter feito isto ou os adolescentes aquilo?então de quem é a culpa?
Concordo com tudo.Tem que ser de alguém? Tenho que dizer que em Portugal isto está com 4000 casos porque o Governo devia ter feito isto ou os adolescentes aquilo?
Há muita medida de Governo que pode ser questionada. Muita acção e inacção. Podem ser responsabilizados pelos 4000 casos por não terem restringido mais a circulação de pessoas no inicio de Outubro. Deviam tê-lo feito? Não sei. Tendo a dizer que sim, mas vejo que toda a Europa foi bem mais flexível do que em Março/Abril e imagino que o trade off entre confinar e danos para a economia possa não compensar.
Há também muitos comportamentos individuais contrários ao que seria recomendável. Gente que podia usar melhor a máscara, gente que podia evitar estar com amigos/as e namorados/as. Gente que podia deixar de ir a restaurantes, gente que podia deixar de ir a concertos de música, gente que podia deixar de ir fazer compras não prioritárias, gente que podia deixar de viajar, gente que podia lavar mais as mãos.
O que me incomoda mais é, como de costume, a tendência de justiceiro que há em cada um de nós que bebe cada fotografia nas redes sociais ou reportagem na TV para alimentar a revolta, fingir que tudo isto passava se.....
Não passa. É uma pandemia que faz o seu caminho pelo mundo.
O que eu escrevo não é um apelo à desresponsabilização individual. Não é achar que isto é de tal forma imparável que tanto faz ter comportamentos de maior ou menor risco.
O que incomoda é quando se parece querer dizer que bastava A, B ou C fazerem isto que seria possível viver em desconfinamento e controlar a pandemia.
Acho que se sobrestima a capacidade de controlar uma pandemia vivendo em desconfinamento e liberdade.
É como se tu fosses o treinador do Moncaparachense e fosses jogar ao Allianz Arena contra um Bayern na máxima força.
Perdes por 6-0 depois duma fifia monumental do teu central. Eu digo que não foi por causa do central que perdeste.
Tu perguntas: Então de quem é a culpa?
Claro que podes dizer que se o teu defesa central não se pusesse a fazer fintas cá atrás ao Lewandowski podias ter segurado o 0-0 por mais um tempinho.
Quando saltas para o "Se o meu defesa central não se põe a fazer fintas não perdia o jogo" e escrutinas todas os 600 movimentos de cada um dos 11 jogadores como responsáveis pela derrota é o momento em que me afasto.
Há sempre uma ilusão ingénua que tudo está ao nosso alcance se fizermos tudo direitinho.
Eu percebo e aceito mensagens em massa a fazerem pedagogia sobre o tipo de comportamento/cuidados a ter e a mobilizar as pessoas e a sociedade para fazerem o melhor possível.
Quando os políticos começam a culpabilizar a sua população por eventuais confinamentos ou restrições entramos noutro campeonato.
Eles não são ingénuos. Sabem que a malta é o Moncaparachense e que se for a jogo leva no corpo do Bayern mais tarde ou mais cedo.
Fazem-no porque sabem que a tendência justiceira que hoje é dominante precisa de culpados para apaziguar a frustração. E se a culpa não for de A será de B.
E quem é o B?
Eu preferia que as pessoas fossem tratadas com honestidade intelectual.
O impacto da pandemia controla-se com restrições à liberdade/circulação. Sem elas tende a avançar num ritmo maior ou menor dependente da zona do globo onde nos encontramos.
E quando os governos decidem (ou não) confinar deviam tentar ser pedagógicos (confinamos porque o SNS não vai aguentar e sem saúde não há economia ou não confinamos porque os custos das restrições no médio ou longo prazo são de tal forma gravosos que temos que aceitar mais umas centenas/milhares de mortos hoje) do que andar a meter gasolina no justiceiro que há em cada português e que gastará metade do tempo a garimpar mortais erros do vizinho, a comparar o Avante com Fátima, a Formula 1 com o Futebol ou o Campo Pequeno com o Coliseu.
Isso de andar toda a gente a medir com fita métrica o que se devia permitir ou não, ou os comportamentos que se deviam tolerar ou não só vai piorar a saúde mental de toda a gente, desmobilizar a sociedade para o impacto do que aí vem e gerar uma nova e infindável carrada de negacionistas que se forem colocados perante a espada e a parede vão googlar até ao infinito para encontrar um artigo cientifico em que seja moralmente aceitável cumprir o sonho de ir ver a Formula 1 a Portimão.
A única forma de o Moncaparachense sair do Allianz sem levar 9-0 é ou não ir a jogo ou abandona-lo a meio quando estiver a perder por 4 ou 5.
Mobilizem os jogadores do Moncaparachense para dar o máximo. Discuta-se se é preferível fazer os 90 minutos ou sair a meio do jogo.
Não os culpem por perder o jogo nem os incentivem a discutir uns com os outros por não terem o posicionamento correcto para marcar o Davies, o Muller ou o Lewandowski.
Só isto.
Oh @DrGero olha as gotas... o pior é que as gotas que tu falas depois molham outos e esses outros molham muitos mais e esses muitos mais ainda molham outros tantos ou mais e la esta.. o maremoto que se cria!Alguém que me explique a puta da racionalidade desta merda:
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Eu estou há semanas a ver "de fugida" a minha noiva porque como enfermeira, está mais do que exposta ao vírus mesmo não estando na ala covid, já para não falar nos intermináveis turnos de 12/14h, chegámos à fase em que se calhar teremos de escolher quem vai ou não ao nosso casamento, no entanto, existem centenas de chalupas que acordaram de manhã e pensaram "vou fazer algo de útil para a sociedade, vou ver ondas!!"
Pá perdoem-me a linguagem, mas vão para o caralho que vos fodam.
Estás quase lá. Só falta completares o exercício de raciocínio e rebentas a bolha de negação.1.º Ponto - De facto morria-se, morre-se e ir-se-à morrer de fome. Não é um problema novo. Tens razão. Agora a questão é que esta situação nunca foi abertura de telejornal, nem muito menos alvo de uma contabilização diária de mortos/casos como no caso desta sociedade doente em que vivemos.
2.º Ponto - Se reparares, alguns casos de países que entraram em casos de fome mais grave resultam exatamente de algumas medidas para prevenir a Covid, logo não é offtopic. Podes ler aqui:
https://www.nytimes.com/2020/09/11/business/covid-hunger-food-insecurity.html ou aqui
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Risk of hunger pandemic as coronavirus set to almost double acute hunger by end of 2020 | World Food Programme
New WFP figures indicate additional 130 million lives and livelihoods will be at riskinsight.wfp.org
No entanto, no deixo de assinalar que no caso da fome, o critério de cada vida humana tem o seu valor já não conta (podia responder-te que as pessoas já morrem com doenças infecciosas há muitos séculos). E isto é fácil de explicar. A maioria dos casos está lá longe, não é propriamente uma realidade que nos entre pela janela dentro, e bem vistas as coisas, o que são 5.3 milhões de crianças comparadas com tudo o resto.
Diria até que estas notícias dos níveis da fome são apenas spin para desviar o foco desta terrível pandemia que nos continua a levar milhares de portugueses diariamente. E isto não é desvalorizar, isto é contextualizar os tempos de absoluta loucura em que vivemos. Mas já sei que é sem resultado.
Este governo infelizmente deitou-se na sombra do "milagre português" durante o Verão e esqueceu-se que teríamos um Outono/Inverno atípicos devido à pandemia.Tem que ser de alguém? Tenho que dizer que em Portugal isto está com 4000 casos porque o Governo devia ter feito isto ou os adolescentes aquilo?
Há muita medida de Governo que pode ser questionada. Muita acção e inacção. Podem ser responsabilizados pelos 4000 casos por não terem restringido mais a circulação de pessoas no inicio de Outubro. Deviam tê-lo feito? Não sei. Tendo a dizer que sim, mas vejo que toda a Europa foi bem mais flexível do que em Março/Abril e imagino que o trade off entre confinar e danos para a economia possa não compensar.
Há também muitos comportamentos individuais contrários ao que seria recomendável. Gente que podia usar melhor a máscara, gente que podia evitar estar com amigos/as e namorados/as. Gente que podia deixar de ir a restaurantes, gente que podia deixar de ir a concertos de música, gente que podia deixar de ir fazer compras não prioritárias, gente que podia deixar de viajar, gente que podia lavar mais as mãos.
O que me incomoda mais é, como de costume, a tendência de justiceiro que há em cada um de nós que bebe cada fotografia nas redes sociais ou reportagem na TV para alimentar a revolta, fingir que tudo isto passava se.....
Não passa. É uma pandemia que faz o seu caminho pelo mundo.
O que eu escrevo não é um apelo à desresponsabilização individual. Não é achar que isto é de tal forma imparável que tanto faz ter comportamentos de maior ou menor risco.
O que incomoda é quando se parece querer dizer que bastava A, B ou C fazerem isto que seria possível viver em desconfinamento e controlar a pandemia.
Acho que se sobrestima a capacidade de controlar uma pandemia vivendo em desconfinamento e liberdade.
É como se tu fosses o treinador do Moncaparachense e fosses jogar ao Allianz Arena contra um Bayern na máxima força.
Perdes por 6-0 depois duma fifia monumental do teu central. Eu digo que não foi por causa do central que perdeste.
Tu perguntas: Então de quem é a culpa?
Claro que podes dizer que se o teu defesa central não se pusesse a fazer fintas cá atrás ao Lewandowski podias ter segurado o 0-0 por mais um tempinho.
Quando saltas para o "Se o meu defesa central não se põe a fazer fintas não perdia o jogo" e escrutinas todas os 600 movimentos de cada um dos 11 jogadores como responsáveis pela derrota é o momento em que me afasto.
Há sempre uma ilusão ingénua que tudo está ao nosso alcance se fizermos tudo direitinho.
Eu percebo e aceito mensagens em massa a fazerem pedagogia sobre o tipo de comportamento/cuidados a ter e a mobilizar as pessoas e a sociedade para fazerem o melhor possível.
Quando os políticos começam a culpabilizar a sua população por eventuais confinamentos ou restrições entramos noutro campeonato.
Eles não são ingénuos. Sabem que a malta é o Moncaparachense e que se for a jogo leva no corpo do Bayern mais tarde ou mais cedo.
Fazem-no porque sabem que a tendência justiceira que hoje é dominante precisa de culpados para apaziguar a frustração. E se a culpa não for de A será de B.
E quem é o B?
Eu preferia que as pessoas fossem tratadas com honestidade intelectual.
O impacto da pandemia controla-se com restrições à liberdade/circulação. Sem elas tende a avançar num ritmo maior ou menor dependente da zona do globo onde nos encontramos.
E quando os governos decidem (ou não) confinar deviam tentar ser pedagógicos (confinamos porque o SNS não vai aguentar e sem saúde não há economia ou não confinamos porque os custos das restrições no médio ou longo prazo são de tal forma gravosos que temos que aceitar mais umas centenas/milhares de mortos hoje) do que andar a meter gasolina no justiceiro que há em cada português e que gastará metade do tempo a garimpar mortais erros do vizinho, a comparar o Avante com Fátima, a Formula 1 com o Futebol ou o Campo Pequeno com o Coliseu.
Isso de andar toda a gente a medir com fita métrica o que se devia permitir ou não, ou os comportamentos que se deviam tolerar ou não só vai piorar a saúde mental de toda a gente, desmobilizar a sociedade para o impacto do que aí vem e gerar uma nova e infindável carrada de negacionistas que se forem colocados perante a espada e a parede vão googlar até ao infinito para encontrar um artigo cientifico em que seja moralmente aceitável cumprir o sonho de ir ver a Formula 1 a Portimão.
A única forma de o Moncaparachense sair do Allianz sem levar 9-0 é ou não ir a jogo ou abandona-lo a meio quando estiver a perder por 4 ou 5.
Mobilizem os jogadores do Moncaparachense para dar o máximo. Discuta-se se é preferível fazer os 90 minutos ou sair a meio do jogo.
Não os culpem por perder o jogo nem os incentivem a discutir uns com os outros por não terem o posicionamento correcto para marcar o Davies, o Muller ou o Lewandowski.
Só isto.
A ausência de respostas é esclarecedora.Gostava de entender se todos os que constantemente culpam as outras pessoas fazem tudo da forma mais correta.
Eu falo já por mim. Não.
Muitas. Sei de algumas e a mulher do familiar que mencionei tomou a opção de ficar em casa por precaução sendo que a Saúde24 ainda nenhuma instrução lhe deu. Presumo que a vão chamar para fazer também o teste.É isso e também é culpa do próprio sistema de saúde que temos...
Tenho um sobrinho meu que está infetado, sem sintomas, mas deu positivo. Ele esteve em contacto durante três dias seguidos com a minha mãe e ocasionalmente comigo. Eu tenho contacto diário com a minha mãe.
Ficaram de ligar com a minha irmã para darem instruções como e quem teria de ficar em isolamento e fazer testes. Já estamos no segundo dia sem ninguém da linha saude24 dizer alguma coisa. No entanto a sorte é que nestes dois dias estive de folga e amanhã é dia de trabalho e sem instruções terei de ir trabalhar...
Lá terei de ser eu a ligar. Agora pergunto, como eu quantas mais situações iguais estarão a acontecer?
Porque é que iriam testar se o vírus pode demorar até 14 dias a desenvolver-se? No máximo daria uma falsa sensação de segurança. O que têm recomendado (e sei que fazem o mesmo noutros países da europa, portanto não me parece que seja decisão da DGS ou do Ministério) é isolamento e se desenvolver sintomas, aí sim testar. Ou no final do isolamento testar também.Muitas. Sei de algumas e a mulher do familiar que mencionei tomou a opção de ficar em casa por precaução sendo que a Saúde24 ainda nenhuma instrução lhe deu. Presumo que a vão chamar para fazer também o teste.
Outra: a minha mulher é professora e, segundo ela, quando um aluno tem Covid-19 ou está em contacto com um familiar que tem a DGS e o Ministério não manda toda a gente para casa ou sequer fazer testes. Sem sintomas, mesmo com contacto comprovado com doentes, não se está a testar.
Mas como já disseram, teremos que passar por isto e o vírus está cá para ficar mais uns tempos. Cabe a cada um de nós tentar minimizar os riscos dentro do que nos é possível e fazer alguns sacrifícios sociais por uns tempos.
Mas durante esse período não dá para detectá-lo? Não és contagioso durante esse período, é isso?Porque é que iriam testar se o vírus pode demorar até 14 dias a desenvolver-se?
Eu acabo hoje o isolamento, já que faz 14 dias que estive "em contacto" com um infetado, e fui testado na terça-feira.Porque é que iriam testar se o vírus pode demorar até 14 dias a desenvolver-se? No máximo daria uma falsa sensação de segurança. O que têm recomendado (e sei que fazem o mesmo noutros países da europa, portanto não me parece que seja decisão da DGS ou do Ministério) é isolamento e se desenvolver sintomas, aí sim testar. Ou no final do isolamento testar também.
Todos sabemos a resposta a esta pergunta.Gostava de entender se todos os que constantemente culpam as outras pessoas fazem tudo da forma mais correta.
Eu falo já por mim. Não.
eish.. não sei quem é mas tem potencial.
Carolina Loureiro.eish.. não sei quem é mas tem potencial.
E todos os dias as pessoas têm de ir para o trabalho em transportes públicos sem o mínimo de condições, todas amontoadas. É giro meter fotos nas redes sociais da F1 e disto na Nazaré, quando todos os dias temos centenas de pessoas amontoadas em autocarros e carruagens de metro e comboio.A responsabilização individual tem a sua piada.
Há quem defenda (pelo que leio é o que defende a maior parte de quem comenta aqui) que um novo confinamento é insustentável.
Ao mesmo tempo critica-se quem vai fazer compras desnecessárias, quem vai à F1, .... basicamente quem sai de casa sem ser para trabalhar.
Expliquem-me qual é o sentido de estar desconfinado se for apenas para trabalhar?
Expliquem-me quem vai comprar numa loja se só pode sair para trabalhar?
Quem vai jantar fora se só pode sair para trabalhar?
Quem vai ao cinema se só pode sair para trabalhar?
Essa teoria do casa-trabalho-caso vai destruir a economia quase da mesma forma que um confinamento e em termos de contágios duvido que tenha resultados tão bons.
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