40M de euros é um excelente valor pelo Fábio. Caso sejam mesmo 40M.
Se houvesse uma estratégia claramente definida neste sentido, e não andar ao sabor das marés penso que era aceitável este modelo de negócio.
Ao vender um jovem da formação por estes valores pode acontecer 1 de 3 coisas. Vamos assumir os 40M como valor base.
1 - O valor é justo e o jovem corresponde às expectativas no clube para onde vai. Nesse caso fizemos 40M agora em vez de 45M-50M mais tarde.
2- O valor não é justo e o jovem não corresponde às expectativas (ex. André Silva). Nesse caso fizemos 40M agora em vez de 5-15M mais tarde.
3 - O valor não é justo e o jovem supera as expectativas (ex. Rúben Neves). Nesse caso fizemos 40M agora em vez de 60-70M mais tarde.
Nas opções 1 e 3 temos de incorporar a mais valia no jogo e resultados que o jovem teria cá. Esse valor não pode ser quantificado em €.
Se aceitarmos este modelo de negócio podemos ser sustentáveis à custa dos jovens que podem ou não cumprir as expectativas. Se não vendermos jovens podemos melhorar a equipa, mas assumir o risco da sua estagnação ou regressão.
Pensando racionalmente, e sublinho racionalmente, vender os jovens pelo preço certo, é um bom modelo de negócio para nos mantermos sustentáveis. Se me dissessem que este era o modelo de negócio para tornar o clube sustentável eu aplaudia a SAD por pelo menos ter uma direção e estar orientada para o futuro.
Infelizmente parece que navegamos à vista, sem um direção definida.
Se formarmos 2-3 jovens de qualidade por ano e vendermos 2 ficamos sustentáveis e ainda podemos "saborear" os produtos da formação alimentando o portismo.
A questão é ter um modelo bem definido e colocá-lo em prática.