Houve vários jogos de grande nível, principalmente na Liga dos Campeões, os dois jogos contra o Lille para a pré-eliminatória, os 6-0 ao BATE Borisov, o banho de bola no San Mamés contra o Atlético de Bilbao do Ernesto Valverde, os 4-0 ao Basileia no Dragão, os 3-1 ao Bayern do Guardiola. Tivemos o jogo do hattrick do Tello contra o Sporting num jogo em que só deu Porto do príncipio ao fim, o jogo da abertura da Liga contra o Marítimo foi um excelente jogo, os 3-0 ao Moreirense em que o Oliver se lesiona, etc.. Tivemos também jogos muito bons no campeonato, principalmente em casa. É claro que nem tudo foi bom e tivemos jogos bastante mais fracos, principalmente contra equipas que se fechavam muito e acho que muito do contribuiu para isso foi o desconhecimento da realidade do futebol português por parte do Lopetegui, como quando mudou o 11 todo para jogar contra o Sporting para a Taça no Dragão e acabamos eliminados, ou em jogos em que era necessário sermos mais pragmáticos pelas características dos relvados e dos adversários e a equipa mantinha a mesma matriz.
Era um Lopetegui muito mais verdinho do que aquilo que é hoje, com aspectos muito positivos no seu futebol e outros muito negativos, hoje o Sevilha dele apresenta traços muito similares, algumas características negativas ainda se mantêm como um excessivo controlo de bola com a posse, às vezes algo estéril, mas também é uma equipa que tem maior intensidade no último terço e se tivessem um ponta de lança com maior qualidade, como era o Jackson ou como era o Ben Yedder, tinham feito uma temporada ainda melhor.
O Lopetegui não é um treinador de topo, mas nunca foi tão mau como o pintaram aqui, foi um saco de pancada da comunicação social e dos adeptos do FC Porto. Lembro-me bem do Braz gozar de fininho com o Lopetegui na TVI, comentários a roçar o insulto e a xenofobia, jornaleiros a ir na onda do Jorge Jesus e a gozarem com o nome do Lopetegui, foi um verdadeiro circo e ele esteve sempre completamente sozinho. A equipa era gravemente prejudicada pela arbitragem e lá ia ele dar o corpo às balas para depois ser gozado e insultado pela comunicação social, sem nunca o Presidente do FC Porto ou alguém da estrutura vir a público para o defender. Ás vezes até dava a sensação que acabava as flashs com as lágrimas nos olhos de tanta frustração com a pouca vergonha que foi aquela época. Já antes com o Vítor Pereira tinha sido igual, era constantemente insultado no estádio e foi dos treinadores mais gozados pela comunicação social, ridicularizavam as suas conferências de imprensa, depois saiu do FC Porto como bicampeão nacional e passou a ser fantástico para a jornaleiragem deste país.
