Fernando Gomes não quer elementos dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em estádios de futebol. Por isso, escreveu uma carta aos presidentes dos órgãos sociais a recordar que os seus integrantes não podem, por regra, solicitar qualquer tipo de oferta a qualquer agente desportivo, mesmo que se trate de um simples bilhete para um jogo de futebol.
As regras, que devem ser incluídas nos regimentos de cada órgão, vão ainda mais longe e também indicam que, caso haja convite da parte de algum clube, este deve ser comunicado ao serviço de protocolo da FPF, sendo este responsável por indicar quem representará a instituição ou o órgão em causa. Uma coisa é certa: nunca será a FPF a solicitar aos clubes bilhetes para os membros dos seus órgãos sociais.
O líder federativo acredita que não há qualquer vantagem para o exercício de funções ao nível de arbitragem, disciplina ou justiça a presença de elementos destes órgãos nas tribunas. Por isso, considera que estas indicações irão contribuir para a credibilidade da FPF e dos seus órgãos junto dos adeptos e agentes desportivos.
A carta de Fernando Gomes surge após a divulgação de alegados emails onde são referidas diversas ofertas de bilhetes do Benfica a elementos do Conselho de Disciplina em temporadas passadas. Já antes, e também por causa das revelações dessa alegada correspondência, Fernando Gomes tinha solicitado à Procuradoria-Geral da República e à Direção Nacional da Polícia Judiciária que consultasse “todos os processos de nomeação, classificação e relatórios dos observadores dos árbitros” desde a sua entrada na FPF, em dezembro de 2011.
No início da temporada passada, já José Manuel Meirim tinha decidido que os elementos do Conselho de Disciplina não iriam assistir a jogos de futebol a convite de qualquer clube, de forma a demonstrar uma atuação “transparente e credível”.
(fonte: record.pt)
