Futebol

Felipe recorda a sua juventude: “Entregava cogumelos em restaurantes e bufês”

Numa entrevista concedida à ESPN, o jogador brasileiro recordou os primeiros passos no futebol.

“Não fiz formação. Cheguei a fazer um teste no Corinthians, quando tinha 14 anos, mas não passei. Também fiz na Portuguesa, no Palmeiras… Não consegui passar em nenhum clube durante a infância.Só jogava por hobby, mesmo. Mas jogava futebol, voleibol, basquetebol, andava de skate… Tinha essa veia desportiva. Até tive um convite de um professor de basquetebol para me tornar profissional, mas eu gostava mais de futebol. O meu pai incentivou-me a jogar, porque ele também sempre gostou de futebol, e eu comecei a tentar”, começou por explicar Felipe, prosseguindo:

“Tinha passado muitos anos a tentar entrar num clube e, aos 18 anos, achei que já era tarde. Então escolhi trabalhar noutra área. Comecei a trabalhar com os meus sogros no 'mercadão', entregava cogumelos em restaurantes e bufês. Não era exatamente o que eu queria, mas fazia isso com prazer, estava com pessoas próximas e a trabalhar com dignidade”, contou Felipe, que viu a oportunidade de dar o salto surgir em 2009, por intermédio do União Mogi.

“Tinha jogado em 2009 nos sub-20 do União Mogi. Na verdade, era uma equipa de uma empresa de tratores de Mogi, a Valtra, que depois fechou parceria com o União Mogi. Quando estava a trabalhar com meus sogros, voltaram a procurar-me e perguntaram se queria jogar pela equipa principal, para disputar o Paulistão da quarta divisão. Como era o meu maior sonho, aceitei. As dificuldades são comuns em equipas menores, é uma realidade que muitos jogadores brasileiros vivem, então quem vai para um clube grande é privilegiado e tem que agradecer”, rematou Felipe, a cumprir a terceira época de dragão ao peito.